Filhos de Bolsonaro são afastados do comando do PSL em SP e no RJ e líder do partido chama presidente de “vagabundo”

Filhos de Bolsonaro são afastados do comando do PSL em SP e no RJ e líder do partido chama presidente de “vagabundo” BOLSONARO E FILHOS
ANÁLISE DA REDAÇÃOPor Mário Marques de AlmeidaÉ o que se pode chamar de “fim da picada...” o fato do líder da bancada do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir, ter chamado o presidente Jair Bolsonaro de “vagabundo”, como consequência da briga interna no partido em cuja  refrega Bolsonaro saiu derrotado. O mais ruim disso tudo é que o presidente se empenhou a fundo nas articulações para arrancar o delegado da liderança do PSL, mas não teve o apoio necessário dentro da bancada de seu próprio partido.Conforme a mídia nacional vem estampando, o capitão-presidente tentou tirar Waldir da liderança da sigla na Câmara, mas não teve votos suficientes dos poucos deputados federais que ainda lhe são fiéis e seguem sua orientação política. Delegado Waldir e o presidente nacional do PSL, deputado federal Luciano Bivar, outro que entrou na “linha de tiro” de Bolsonaro e seus filhos criadores de confusão, saíram fortalecidos no embate. E o resultado do confronto é que o deputado federal Eduardo Bolsonaro acabou sendo destituído por Bivar da presidência do diretório do PSL de São Paulo, o mesmo acontecendo com o seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro, que foi afastado do comando da legenda no Rio de Janeiro. Dupla derrocada política nos dois estados estratégicos em termos eleitorais, econômicos, políticos e financeiros do país.A  análise que se faz da derrota do quarteto Bolsonaro está sendo atribuída ao fato que o presidente tentou implantar um governo à base do nepotismo, virando as costas para o partido que o abrigou a si e aos filhos, e destinando à prole o que o próprio presidente da República chamou de “filé”.O equívoco do pai é ter avaliado que a classe política, dentro e fora do seu partido, iria aceitar pacificamente que o Brasil fosse comparado a uma “capitania hereditária” e regido por dinastia.Resumo do reino bolsonarista, que está tendo um fim melancólico e já “apodrece” de velho sem nem ter bem começado. Para recuperar o território político e partidário que se diluiu em menos de um ano de gestão, Bolsonaro vai ter que entender que o eleito foi ele para presidente da República, e não seus filhos!