RedaçãoEm uma reviravolta na disputa pelo comando do “rachado” PSL, que vem sendo travada há mais de uma semana pelas alas denominadas de “bolsonarista” e “bivarista”, sobrou para a cabeça encoberta pelo clássico chapelão do deputado federal por Mato Grosso, Nelson Barbudo, defenestrado do cargo de um dos vice-líderes do partido, nesta segunda-feira (21).O seu afastamento  de uma das 12 vice-lideranças do partido ocorreu por determinação do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, que assumiu na manhã desta segunda-feira a liderança da sigla na Câmara dos Deputados. No melhor estilo “caça às bruxas”, modelito que Eduardo,  fã de Trump, deve ter importado do macartismo norte-americano (doutrina que prega perseguição implacável a adversários) norte-, e de uma canetada só afastou os 12 vice-líderes, entre os quais Nelson Barbudo. Ainda que pertencendo ao mesmo partido da “dinastia” Bolsonaro, esses parlamentares são considerados “inféis” pelo grupo familiar no poder porque ousam divergir de algumas orientações  palacianas. Não são 100% coesos, embora votem em 99% nos projetos e medidas de interesse do governo.Barbudo não chegou sequer a “esquentar” a cadeira de vice-líder, cargo para o qual foi nomeado na semana passada. Na"guerra de listas" para definir o líder da sigla na Câmara, Barbudo havia assinado a lista de apoio ao deputado Delegado Waldir (PSL-GO) como líder da legenda, em detrimento do filho do presidente da República.Nessa “guerra” já foram apresentadas seis listas. A mais recente foi validada na manhã desta segunda-feira pela Secretaria Geral da Câmara e fez de Eduardo Bolsonaro o líder da bancada no lugar de Delegado Waldir (PSL-GO). No entanto, ainda há outras duas listas na fila de conferência.É preciso ter o apoio da maioria da bancada de 53 deputados para se tornar líder, ou seja, ao menos 27 assinaturas.