GERAÇÃO DE ENERGIA: Empresa faz ajustamento de conduta com o MPE e se compromete a reparar danos ao meio ambiente

RedaçãoEm termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado com o Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), a empresa Várzea do Juba Energética S/A, responsável pela Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Graça Brennand, se comprometeu em cumprir medidas compensatórias e reparatórias de eventuais infrações legais ambientais e danos provocados com a implantação da PCH no Rio Juba, no município de Barra do Bugres (a 168 quilômetros de Cuiabá). O TAC, assinado no início do mês, já foi homologado pela Justiça.Por meio da assessoria de imprensa, o MP-MT informou que a compromissária destinará, a título de reparação por dano moral difuso, R$ 500 mil reais em prol de duas entidades do município. O Lar dos Idosos São Vicente de Paulo receberá R$ 250 mil em parcela única, a ser depositada no prazo máximo de 90 dias. A outra metade, no valor mínimo de R$ 250 mil, será designada para aquisição de um caminhão para a Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis - Rio Branco (Armab). A entrega também deverá ser feita no prazo de 90 dias. A empresa se compromete ainda a não praticar mais infrações ambientais.Além da compensação financeira, a compromissária apresentou documentação ambiental competente, comprovando que se encontra regular quanto aos fatos geradores do dano. O cumprimento do TAC caracteriza integral reparação, indenização e compensação dos eventuais danos. Em caso de descumprimento das obrigações nos prazos previstos, a compromissária ficará sujeita à multa diária no valor de R$ 1 mil. Cabe ao MP-MT e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) a fiscalização.O TAC é um documento extrajudicial da ACP proposta pela Promotoria de Justiça Civil de Barra do Bugres em fevereiro deste ano, que está em andamento na 2ª Vara Cível. Conforme a ação, o MPMT instaurou notícia de fato em maio de 2017 para apurar a denúncia de que a Várzea do Juba Energética S/A havia apresentado informação enganosa no processo de licenciamento ambiental, bem como instalado taipas no vertedouro sem autorização do órgão ambiental, alterando o nível da água.A empresa também teria colocado a PCH em atividade em desacordo com a licença de operação. A Sema lavrou auto de infração e termo de embargo e interdição. O procedimento foi transformado em inquérito civil e, na época, o MPMT manifestou interesse em firmar um TAC, mas a requerida se negou. “Diante dos fatos, a ação judicial foi ajuizada a fim de obter a garantia do meio ambiente equilibrado”, reforçou por meio da assessoria, o Ministério Público.