Redação   Acusada de não declarar gastos de R$ 1,3 milhão em sua campanha eleitoral de 2018, o que configura caixa 2, a senadora Selma Rosane de Arruda (Podemos)  terá a cassação de seu mandato decidida nesta terça-feira (3) pelo Tribunal  Superior Eleitoral (TSE).    A ação é derivada de recurso interposto pela defesa da senadora que teve o seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) e vem movimentado os bastidores da política mato-grossense, tendo em vista que a corte eleitoral do Estado determinou uma nova eleição para escolher quem vai ocupar a vaga ao Senado.    Na hipótese do TSE confirmar a perda do mandato da senadora, os principais partidos e seus líderes em Mato Grosso vão “afunilar” as conversações, que já vinham sendo travadas antes, sobre possíveis candidatos a preencher a vaga.    Especula-se entre os prováveis o ex-governador e ex-senador Júlio Campos (Dem), o do também ex-governador e ex-senador e atual deputado federal Carlos Bezerra (MDB) e o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), que disputou nas eleições de 2018 a vaga com Selma.    Em suma, o julgamento hoje em Brasília abre um novo tabuleiro político no Estado – desde que se efetive, é claro, a cassação da ex-juíza e ainda senadora.    Ela que se destacou na justiça mato-grossense pela condenação de políticos importantes e chegou a ser cognominada de “Moro de Saias”, numa alusão, obviamente, à atuação do ministro da Justiça quando era juiz em Curitiba.