SUPOSIÇÕES DO PREFEITO: Por não apresentar provas concretas, denúncia de Emanuel Pinheiro encaminhada a AL contra Mauro Mendes não vai virar CPI

REDAÇÃO   A denúncia encaminhada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (DEM) à Assembleia Legislativa, alegando ser vítima de um suposto esquema urdido na Delegacia Fazendária (DEFAZ) que estaria sendo usada politicamente para prejudica-lo, não será alvo de pedido de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no âmbito do Poder Legislativo.    A informação é do deputado Eduardo Botelho (DEM), presidente da instituição, que descartou a criação de CPI para investigar a denúncia feita pelo prefeito de Cuiabá   Segundo o chefe do Executivo cuiabano, o pedido de investigação contra ele partiu do governador Mauro Mendes (DEM).    No entanto, o prefeito, que teria se baseado em meras suposições, não apresentou provas concretas que o governador esteja por trás da suposta “armação”.    "Não tem necessidade de CPI, não tem fundamentos para se criar uma CPI. Para isso, teria que ter argumentos e fatos concretos e isso não tem. Então não vejo necessidade", disse Botelho nesta quarta-feira (4).    "Ele (Emanuel Pinheiro) diz que supostamente recebeu informações de que a Defaz estava sendo modificada porque os delegados estavam sendo remanejados por se recusarem de investigar ele e a administração dele. Mas sem nenhuma prova, apenas relato. Não deu nomes", explicou o chefe do Legislativo ao citar a denúncia.     "A Assembleia só pode acompanhar e ver como se dará isso. Provavelmente vou criar uma comissão para acompanhar, é o que podemos fazer. Não acredito que a Defaz está sendo usada. Hoje a polícia é completamente livre e independente", completou Eduardo Botelho    Denúncia    Na denúncia, Emanuel Pinheiro afirma que o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Demerval, pressionou os delegados da Defaz, Anderson Veiga e Lindomar Toffoli, para “agilizar” a investigação sobre a suposta compra de votos dos vereadores na casa de Juca do Guaraná (Avante).    Emanuel entregou a denúncia ao presidente e vice-presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM) e Janaina Riva (MDB).    As informações preliminares são de que depois do “pedido” de Demerval, os delegados alegaram não ter provas concretas que subsidiem uma investigação e sofreram sanções por causa da negativa, pois o pedido, segundo Emanuel Pinheiro, partiu do governador Mauro Mendes (DEM).    Entenda o caso   A investigação citada por Pinheiro é decorrente da denúncia de uma servidora pública, que afirmou que os vereadores da base do prefeito se reuniram na casa do Juca do Guaraná para negociar a cassação de Abílio Junior (PSC), com pagamento de propina em dinheiro.    Com informações do jornalista Pablo Ridrigo / Jornal e site A Gazeta