SUPOSIÇÕES DO PREFEITO: Por não apresentar provas concretas, denúncia de Emanuel Pinheiro encaminhada a AL contra Mauro Mendes não vai virar CPI
|
04/12/2019 - 13:19
REDAÇÃO
A denúncia encaminhada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (DEM) à Assembleia Legislativa, alegando ser vítima de um suposto esquema urdido na Delegacia Fazendária (DEFAZ) que estaria sendo usada politicamente para prejudica-lo, não será alvo de pedido de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no âmbito do Poder Legislativo.
A informação é do deputado Eduardo Botelho (DEM), presidente da instituição, que descartou a criação de CPI para investigar a denúncia feita pelo prefeito de Cuiabá
Segundo o chefe do Executivo cuiabano, o pedido de investigação contra ele partiu do governador Mauro Mendes (DEM).
No entanto, o prefeito, que teria se baseado em meras suposições, não apresentou provas concretas que o governador esteja por trás da suposta “armação”.
"Não tem necessidade de CPI, não tem fundamentos para se criar uma CPI. Para isso, teria que ter argumentos e fatos concretos e isso não tem. Então não vejo necessidade", disse Botelho nesta quarta-feira (4).
"Ele (Emanuel Pinheiro) diz que supostamente recebeu informações de que a Defaz estava sendo modificada porque os delegados estavam sendo remanejados por se recusarem de investigar ele e a administração dele. Mas sem nenhuma prova, apenas relato. Não deu nomes", explicou o chefe do Legislativo ao citar a denúncia.
"A Assembleia só pode acompanhar e ver como se dará isso. Provavelmente vou criar uma comissão para acompanhar, é o que podemos fazer. Não acredito que a Defaz está sendo usada. Hoje a polícia é completamente livre e independente", completou Eduardo Botelho
Denúncia
Na denúncia, Emanuel Pinheiro afirma que o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Demerval, pressionou os delegados da Defaz, Anderson Veiga e Lindomar Toffoli, para “agilizar” a investigação sobre a suposta compra de votos dos vereadores na casa de Juca do Guaraná (Avante).
Emanuel entregou a denúncia ao presidente e vice-presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM) e Janaina Riva (MDB).
As informações preliminares são de que depois do “pedido” de Demerval, os delegados alegaram não ter provas concretas que subsidiem uma investigação e sofreram sanções por causa da negativa, pois o pedido, segundo Emanuel Pinheiro, partiu do governador Mauro Mendes (DEM).
Entenda o caso
A investigação citada por Pinheiro é decorrente da denúncia de uma servidora pública, que afirmou que os vereadores da base do prefeito se reuniram na casa do Juca do Guaraná para negociar a cassação de Abílio Junior (PSC), com pagamento de propina em dinheiro.
Com informações do jornalista Pablo Ridrigo / Jornal e site A Gazeta