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EEFEITO BOLSONARO? Onda conservadora, ao invés de inibir aumentou casamentos entre pessoas do mesmo sexo; em MT união homoafetiva cresceu mais de 47%
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05/12/2019 - 06:39
enlacesgays
Redação
O crescimento verificado nas taxas desse tipo de união matrimonial pode ser atribuído ao governo Bolsonaro e as ameaças contra o reconhecimento legal de diversidade sexual, ou seja, o temor que poderiam redundar em medidas contra casamentos de pessoas do mesmo estado civil.
Em Mato Grosso, no ano de 2018, por exemplo, o aumento de enlace matrimonial, de “papel passado”, como se diz, apenas entre cônjuges feminino foi de 47,6%. No mesmo período, em âmbito nacional a união entre pessoas de mesmo sexo saltou para 61,7%, passando de 5.887 para 9.520.
Os dados fazem parte da pesquisa “Estatística do Registro Civil 2018” divulgada, ontem (04), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em nível nacional, houve uma redução de 1,6% no total de casamentos civis entre 2017 e 2018 (de 1.070.376 para 1.053.467). Mas, entre o mesmo sexo, saiu de 5.887 para 9.520, no mesmo espaço de tempo. Os casamentos entre indivíduos do sexo feminino representaram 58,4% dessas uniões.
O aumento considerável pode ser explicado porque, no ano passado, muitos casais gays anteciparam o casamento já que temiam medidas contrárias a seus direitos civis por causa da eleição do presidente Jair Bolsonaro.
Ainda no Estado, o matrimônio dos cônjuges masculino e feminino saltou de 18.772, em 2018, para 17.544 (6,9%), no ano retrasado. Do total, o Vale do Rio Cuiabá contabilizou 6.199 matrimônios no ano passado, contra 5.556, em 2017. Em Cuiabá, foram 4.430, em 2018, contra 3.967, no ano anterior. Em relação às uniões de ambos cônjuges masculino, Mato Grosso registrou o mesmo número em 2017 e 2018: 15. Já entre ambos cônjuges feminino foram 31 matrimônios, no ano passado, contra 21, em 2017, o que representa um crescimento de 47,6%. Em 2018, a taxa estadual de nupcialidade legal era 7,0 por mil habitantes com 15 anos ou mais.
DIVÓRCIOS - Os divórcios aumentaram 3,2% entre 2017 e 2018, passando de 373.216 para 385.246, no país, onde a taxa geral de separação (inclusive a população com menos 20 anos) foi de 2,6 para cada mil pessoas. Em Mato Grosso, esse índice foi de 2,5 por mil habitantes. Por tipo de arranjo familiar, 46,6% das dissoluções se deram entre as famílias constituídas somente com filhos menores de idade. Das 166.523 separações concedidas para casais com filhos menores, 24,4% tiveram guarda compartilhada, mas a predominância das mulheres na responsabilidade pelos filhos manteve-se, atingindo a proporção de 65,4%.
No Brasil, conforme o IBGE, para cada 1.000 indivíduos em idade de casar, em média, 6,4 pessoas se uniram por meio do casamento legal em 2018. E a diferença das idades médias ao contrair a união nos casamentos de pessoas solteiras de sexos diferentes era de aproximadamente 2 anos: os homens se uniram, em média, aos 30 anos e as mulheres, aos 28 anos. Já entre os cônjuges solteiros de mesmo sexo, a idade média ao contrair a união foi de aproximadamente 34 anos para os homens e 33 anos para as mulheres.
NASCIMENTOS - Em 2018, do total de 2,98 milhões de registros de nascimentos feitos em cartórios do Brasil, 2,89 milhões eram de nascimentos ocorridos e registrados no ano e com a unidade da federação de residência da mãe conhecida. Em comparação com 2017, houve um aumento em torno de 1,0% nestes registros, porém, as regiões sul e sudeste tiveram quedas de 0,1% e 0,4%, respectivamente, enquanto tiveram aumentos as regiões do nordeste (2,6%), norte (2,3%) e centro-oeste (2,0%).
Dentre as unidades da federal, Mato Grosso foi o segundo estado com maior percentual de variação. No território mato-grossense, os registros nascimentos saltaram de 52.552, em 2017, para 56.961, em 2018, o que corresponde a uma variação de 8.4%. A primeira colocação ficou com Roraima, onde o aumento foi de 13.4%.
ÓBITOS - Em 2018, cerca de 1,28 milhões de óbitos foram registrados, no país. Enquanto a mortalidade de menores de 5 anos representou 2,8% dos registros, os óbitos de pessoas de 65 anos ou mais representaram 59,8% do total, evidenciando o processo de envelhecimento populacional em nível nacional. No Estado, foram 373 mortes masculinos de causas não naturais, na faixa etária dos 15 aos 24 anos, em 2018.
Com informações de Joanice de Deus / Diário de Cuiabá