Redação   A situação de ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB) está cada vez mais complicada, a partir da delação premiada dos proprietários do Grupo Galvão; Dário de Queiroz Galvão Filho e Mário de Queiroz Galvão que afirmam terem pago R$ 40 milhões em propina ao petebista a troco de que o serviço de saneamento da Capital fosse entregue à CAB Cuiabá, empresa pertencente ao grupo.   O que ocorreu mediante fraudes na concorrência direcionada à empresa dos irmãos delatores. Os fatos estão narrados no âmbito da Operação Lava Jato.   Os irmãos Galvão são citados em um inquérito que está em tramitação na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, instaurado pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).   Três inquéritos investigaram eventual pagamento de propina e direcionamento da licitação do serviço de saneamento à CAB Cuiabá. As ações foram unificadas por determinação do juiz Jorge Tadeu Rodrigues   Além do envolvimento do ex-prefeito, à época também eram investigados diversos vereadores da Câmara Municipal.   Acusados juntamente com o então prefeito de terem recebido também propinas para aprovar venda do patrimônio cuiabano – no caso, a antiga Sanecap -, configurando roubo de dinheiro público.   A concessão do serviço de tratamento de água e esgoto à CAB Cuiabá se deu por meio de uma Concorrência Pública firmada no final do ano de 2011, após muita polêmica.   No ano de 2015, o Grupo Galvão foi alvo da Operação Lava Jato, o que levou a empresa a entrar em recuperação judicial e a concessão foi repassada ao Grupo RK Partners, criador da Águas Cuiabá, atual administradora dos serviços na Capital.   Por meio de nota, Galindo afirma desconhecer a existência de qualquer inquérito neste sentido, uma vez que nunca fui intimado para depor sobre os fatos.   “Confio nas autoridades investigativas e no Poder Judiciário, e reitero que sempre estive a disposição, para esclarecimentos em busca da verdade real dos fatos”, finalizou.