AGRO EM EBULIÇÃO: Pivetta atropela Fávaro e entra na disputa por vaga de Selma em eleição “nacionalizada”

AGRO EM EBULIÇÃO: Pivetta atropela Fávaro e entra na disputa por vaga de Selma em eleição “nacionalizada” pivetta
Redação   A surpresa no meio político estadual foi o  auto-lançamento da candidatura ao Senado do vice-vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) que manifestou interesse em disputar vaga da senadora Selma Arruda (PSL), que teve a confirmação da cassação do seu mandato pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)  no início do mês.   A surpresa fica por conta do fato que, segundo observadores da cena política mato-grossense, Pivetta, com essa decisão, atropela a pré-candidatura de Carlos Fávaro (PSD) ex-vice-governador do Estado e oriundo do mesmo setor empresarial do atual vice-governador: o agronegócios.   Na eleição passada, Fávaro concorreu ao Senado e obteve uma votação expressiva, ficando em terceiro lugar, imediatamente após o senador Jayme Campos (Dem) e a juíza aposentada Selma Arruda, a primeira colocada.   Desde então, ele vem manifestando a sua disposição em concorrer à vaga, finalmente aberta com a cassação do mandato da juíza Selma, ex-PSL e hoje filiada ao Podemos.     Quanto a Otaviano Pivetta, que já começou a articular o seu projeto senatorial, segundo informações de bastidores, teria costurado um amplo leque de apoio na área da agricultura e sua tendência seja a de apoiar o governo de Jair Bolsonaro, embora esteja ainda filiado a um partido de esquerda, o PDT.   Na atual conjuntura, a eleição fora de época ao Senado deve ser “nacionalizada” no Estado, atraindo a atenção e o interesse de forças partidárias e lideranças que se movimentam no âmbito nacional, polarizado entre a situação (leia-se: Bolsonaro): e a oposição, cujo principal líder e puxador de votos continua sendo o ex-presidente Lula, mesmo estando inelegível  em função das condenações que recebeu do então juiz Moro e que ele busca reverter com recursos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).   Conforme analistas, essa eleição extemporânea deve servir de ”termômetro” para que os grupos e tendências que medem forças no país tenham um primeiro teste em Mato Grosso, antes das eleições municipais deste ano e a de 2022.   Diante dessa conjuntura, avalia-se que, além de Fávaro e Pivetta, pelo menos mais três candidaturas consideradas com potencial de votos entrem nessa disputa pela vaga ao Senado.    Em meio a esse cenário, ainda existe o fator Selma, que pode recorrer da cassação no próprio TSE e no STF, mas os recursos deverão tramitar com ela fora do cargo.