VAGA NO SENADO: Pivetta enfrenta adversário interno no agro, e partidos de oposição afunilam escolha de uma chapa única
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29/01/2020 - 22:15
SENADO
REDAÇÃO
Enquanto os partidos do chamado “campo progressista” e de oposição, reunindo pelo menos sete legendas, estão se articulando com vista a formar um arco de alianças para lançar uma candidatura única ao Senado, por outro lado, no segmento do agro, quando a expectativa nos meios políticos era de que o setor estava pacificado quanto ao lançamento do nome do empresário e vice-governador Otaviano Pivetta como candidato à vaga aberta com a cassação da senadora Selma Rosane, eis que surge reviravolta e Pivetta já não é mais unanimidade no grupo – pelo menos no entendimento do seu próprio partido, o PDT. Entre os pedetistas existe mais postulante, embora Pivetta tenha se autolançado candidato.
Inclusive, o presidente estadual do PDT, deputado Alan Kardec anunciou nesta terça-feira que, em função de que existe na sigla outro pretendente que insiste em ser candidato ao Senado e quer ter o seu nome avaliado com referência aos critérios de densidade eleitoral, rejeição e potencial de crescimento – o que só pode ser medido através de pesquisa – o partido só vai definir o lançamento oficial de quem será o candidato, após esse levantamento de dados e informações.
O adversário interno de Otaviano Pivetta no segmento do agronegócio é Antonio Galvan, presidente da Aprosoja. Ele também um dos empresários influentes no agro mato-grossense.
Segundo Kardec, os dois pré-candidatos concordam em se submeter ao veredicto da pesquisa e o que se sair melhor, apoiará o outro.
Corrida contra o relógio
A eleição suplementar ao Senado em Mato Grosso, com data marcada para 26 de abril, é uma verdadeira corrida contra o relógio devido ao tempo exíguo para as formalidades legais de registro de candidaturas e
De acordo com prazos da Justiça Eleitoral, as siglas têm entre 10 e 12 de março para realizar as convenções. Dia 17 de março é o prazo final para o registro de candidaturas.
Entenda o caso
A disputa ao Senado ocorrerá em razão da senadora Selma Arruda (Podemos) ter o mandato cassado em abril do ano passado, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A cassação ocorreu por unanimidade.
Ela foi acusada de caixa 2 e abuso do poder econômico na eleição de 2018. Logo em seguida, ela ingressou com recurso na corte superior.
No dia 10 de dezembro, por seis a um, os ministros referendaram a decisão do TRE que cassou o seu mandato, além de seus suplentes, o empresário Gilberto Possamai e Clerie Fabiana Mendes. Eles se tornaram inelegíveis por oito anos.
Cabe recurso contra a decisão. No entanto, conforme a Legislação, ela deverá aguardar o julgamento de um eventual recurso fora do cargo.