SAIA JUSTA: Com vários candidatos ao Senado de sua base, Mauro Mendes vai ter que se “virar nos trinta” para manter grupo unido
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12/02/2020 - 05:07
MAURO MENDES11
Por Mário Marques de Almeida
Com pelo menos quatro pré-candidatos de sua base declarados à disputa por uma vaga ao Senado, na eleição prevista para o dia 27 de abril, o governador Mauro Mendes (Dem) vai ter que exercitar dotes de estadista para não deixar mágoas, caso demonstre sua preferência ou manifeste apoio a um deles – o que, obviamente, vai desagradar aos que eventualmente forem preteridos.
A inserção política dessas candidaturas, que já se movimentam nas articulações, inclusive com preparativos para a campanha, como procura por marqueteiros, aponta que a tarefa de Mauro não será fácil. Vai exigir muita habilidade dele nas mexidas das pedras nesse intrincado tabuleiro.
Por enquanto, Mendes vem mantendo uma postura de aparente neutralidade frente aos nomes que estão colocados: Otaviano Pivetta (PDT), Carlos Fávaro (PSD), Dilmar Dal Bosco e Júlio Campos, ambos do Dem. Sem falar de outros do mesmo grupo que correm por fora, mas também, por certo, cobram isonomia de tratamento por parte do mandatário principal do Estado,
Entre assessores e secretários influentes junto ao governador, segundo a reportagem do Página Única conseguiu apurar, a tese dominante é a de que, caso perdure mais de uma candidatura da base, Mendes deverá ficar neutro nessa contenda eleitoral.
Os que defendem essa posição de equidistância entre aliados, argumentam com a chamada “governabilidade” que, entre outras questões passa, principalmente, pela manutenção e fortalecimento do grupo político no poder no Estado.
O veterano Júlio Campos, um dos políticos com uma longa trajetória na vida pública que já o levou do cargo de prefeito de Várzea Grande, passando pela Câmara Federal, Tribunal de Contas, Senado e Governo do Estado, há dias, por exemplo, mandou o seu recado no sentido que Mauro Mendes se mantenha neutro.
Político tarimbado, Campos sabe, por experiência própria, o peso da máquina e a influência do governante em decisões desse naipe.