Redação   Em função da delação premiada do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, homologada ontem (20) pelo desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, e que teria como um de seus principais alvos o ex-governador e ex-senador Blairo Maggi, este teria revisado seus planos de abandonar a vida pública e não ser mais candidato a nenhum cargo eletivo, mas de acordo com fontes dignas de crédito, Maggi deve participar da disputa eleitoral para preenchimento da vaga aberta ao Senado da República.    A vaga surgiu em decorrência da cassação do mandato da senadora Selma Rosane de Arruda, cuja eleição, segundo calendário já anunciado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), está programada para ser no próximo dia 26 de abril.   Atualmente sem a chamada imunidade por prerrogativa de foro, embora seja um empresário entre os mais poderosos do país, sob o ponto de vista legal e jurídico, Maggi é um cidadão comum.     Na delação de Riva, que, aliás, vem agitando o mundo político e empresarial de Mato Grosso, o ex-parlamentar acusa o então governador de ter sido conivente com o pagamento do famoso “mensalinho” aos deputados estaduais daquela época - na realidade se tratava de propina mensal extra salário e verbas de representação a que os parlamentares recebiam, e cujos valores do “mensalinho” variavam entre 30 a 50 mil reais.   Blairo, em ocasiões anteriores, quando questionado sobre o assunto, já negou a sua participação no suposto esquema.   No entanto, Riva já havia acusado que o generoso aumento que o então governador concedeu nos repasses para a Assembleia Legislativa tinha como finalidade bancar os custos dessas propinas que eram dadas como “pagamento” ao apoio de uma grande maioria de deputados ao Governo, para garantir o que se convencionou chamar de “governabilidade”.   Agora, sempre de acordo com fontes, José Riva, desta feita, em sua delação premiada, respaldado em farta documentação, teria voltado à carga contra Maggi.