ANÁLISE POLÍTICA    Por Mário Marques de Almeida   O PT fez sua tradicional prévia interna, à qual sempre recorre quando se trata de definir rumos ou escolher candidaturas, e bateu o martelo: o deputado estadual Valdir Barranco foi escolhido pelo partido para disputar a eleição suplementar ao Senado, prevista para acontecer no dia 26 de abril.    O anúncio foi feito nesta sexta-feira (28) na sede do diretório regional do Partido dos Trabalhadores, em Cuiabá.   O também deputado estadual Lúdio Cabral, outro nome do PT que vinha sendo cogitado nos bastidores políticos como um possível pré-candidato ao Senado na vaga aberta com a cassação do mandato da senadora Selma Rosane, sequer se inscreveu na prévia e, segundo fontes petistas, apoia Barranco. Ambos os deputadis lideram grupos diferentes no PT.   Nos meios políticos, Cabral é visto como o nome do PT com maior densidade eleitoral no Estado e o fato de não ser candidato muda a equação política com vistas pelo menos no que se refere à eleição suplementar do dia 26.    Sem Lúdio, abre-se um vácuo nas articulações que vinham sendo feitas para se definir uma candidatura das forças consideradas de centro e centro-esquerda, que terá que trabalhar com outras opções a serem definidas mediante pesquisa, já em andamento, e que tem o objetivo de medir intenção de votos e potencial de crescimento dos nomes que constam do questionário da pesquisa, entre outras avaliações.   Nas movimentações que se processam nesse tabuleiro eleitoral, onde cada mexida nas pedras implica em reações das forças políticas que estão protagonizando a disputa pela vaga ao Senado em eleição extemporânea – a única no país, aliás –, coloca grupos que na verdade, mais do que o espaço da senatoria – embora este seja importante por si só -, estão com foco nas eleições de 2022.   Cujo pleito é bem mais importante porque visa a eleição de um terço dos mandatos de senadores, presidente da República e governadores, deputados estaduais e federais de todo o Brasil.   De permeio a esse quadro nacional, existem as eleições municipais neste ano, mas essas dependem mais de arranjos locais e, via de regra, ficam descoladas do pleito maior.