RUÍDOS NO AGRO: Blairo Maggi articula para unir grupo em torno de Fávaro, cuja candidatura ao Senado seria mais “leve” que a de Pivetta

RUÍDOS NO AGRO: Blairo Maggi articula para unir grupo em torno de Fávaro, cuja candidatura ao Senado seria mais “leve” que a de Pivetta blairo33
Por Mário Marques de Almeida   O discurso dominante nas hostes do agro mais ligadas ao ex-governador, ex-senador e ex-ministro da Agricultura, o megaempresário Blairo Maggi, inclusive o que é entoado pela própria boca dele, é de que ele não tomaria partido a favor de nenhum pré-candidato, entre os que já estão colocados (Pivetta, Fávaro, Nilson Leitão) vinculados diretamente ao setor ou mesmo de uma candidatura de Júlio Campos, não propriamente com raízes na agropecuária, mas de direita e visto como aliado do segmento que predomina na economia do Estado e, nos últimos anos, vem investindo na seara eleitoral e conquistando mandatos importantes antes dominados pela classe política. Em um movimento que colocou forças políticas consideradas aliadas do agronegócio em segundo plano, como coadjuvantes dos chamados “barões” da soja.   Esse discurso de que Blairo não vai se envolver mais com política e sim cuidar apenas de suas empresas, seria mera “cortina de fumaça” para não expô-lo a pressões e dar aparência de uma retirada de cena. Blairo galgou, em curto espaço de tempo, vários cargos importantes graças as fortes parcerias que firmou junto à classe política com a qual fez alianças e criou elos que não se rompem assim tão facilmente.   Considerando esse contexto, Blairo, embora esteja atuando de forma mais discreta, jamais deixou de influenciar rumos e decisões de seu grupo político-empresarial em Mato Grosso.    Nesse aspecto, ele não só pode voltar a disputar cargos eletivos, se houver uma demanda muito forte de seus liderados e aliados, como já estaria influenciando projetos políticos para a eleição prevista para o dia 26 de abril próximo e quando estará em disputa uma vaga aberta para Mato Grosso no Senado.    “Blairo pode até não ser candidato nessa eleição, mas uma coisa e certa: ele não se desligou da política e no grupo do agro e de outras forças que comandam atualmente Mato Grosso, ele não deixa de ser consultado e ouvido quando se trata de decisões estratégicas, como a de agora e que está em jogo um mandato para o Senado”, afirma integrante da cúpula política da situação e cujo nome não é revelado a pedido do próprio.    De acordo com a mesma fonte, Blairo Maggi está se movimentando para tentar unificar seu grupo para apoiar a candidatura a senador do ex-vice-governador Carlos Fávaro. Se isso ocorrer, representará uma desidratação na candidatura de Otaviano Pivetta e, por consequência, daria uma musculatura maior a Carlos Fávaro – pequeno empresário do setor, mas alinhado com Maggi e, também, por outro lado, caso ocorra sua eleição ao Senado contemplaria os interesses políticos e administrativos do governador Mauro Mendes. Ele não é oriundo do agro, mas do segmento industrial, no entanto, se elegeu governador contando com o apoio maciço da agropecuária mato-grossense.   O megaempresário Blairo Maggi teme que a fragmentação de apoios de seu grupo em três ou quatro candidatos pode resultar na vitória de um nome não alinhado com os grandes produtores e suas empresas voltadas às exportações.   Além disso, avaliações no grupo teriam chegado à conclusão que Fávaro é um nome mais leve para carregar e não teria os desgastes de Pivetta.   O assunto, de acordo com a dinâmica que rege a política não se encerra por aqui.