Governador cita dificuldades financeiras e até o Coronavírus para realizar eleição ao Senado em abril e pede adiamento para outubro
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04/03/2020 - 23:00
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REDAÇÃO
Enquanto o calendário eleitoral e a agenda dos partidos políticos trabalham com a hipótese de eleição suplementar para o Senado prevista para o dia 26 de abril, o governador Mauro Mendes (DEM) quer adiar o pleito para o mês de outubro. Na data coincidente com as eleições para prefeitos, vices e vereadores.
O governador solicitou ao desembargador Gilberto Giraldell, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), nesta quarta-feira (4) a suspensão da eleição suplementar para preenchimento da vaga ao Senado aberta com a cassação do mandato da juíza aposentada Selma Arruda,
No pedido, Mendes cita dificuldades financeiras para arcar com os custos da eleição suplementar, orçados em R$ 8 milhes, além dos riscos à Saúde Pública, por conta do novo coronavírus, o Covid-19.
"Com efeito, a realização da eleição no mês de abril do corrente ano vai na contramão de tais orientações preventivas de proliferação do Covid-19. É que qualquer certame eleitoral, como revela a experiência democrática brasileira, envolve aglomerações de pessoas, quer nas filas nas seções eleitorais, quer nas suas imediações bem como dos locais de apuração parcial e total. Submeter milhares de eleitores à cenário tão arriscado apresenta-se como conduta imprudente, que pode até mesmo causar graves problemas à sáude pública estadual e até nacional", alegou.
Alem disso, o governador observou que o rito de cassação da senadora Selma Arruda (Podemos) ainda não foi finalizado, o que pode causar instabilidade jurídica ao pleito.
"Aplicando-se tal premissa ao caso concreto, se o cargo de senador está ocupado, a finalidade da eleição já está alcançada, restando completamente descabida a realização de certame, ao menos enquanto as decisões judiciais do TSE e do STF estejam pendentes de cumprimento. Submeter a população a novo pleito eleitoral sem data para que o escolhido assuma o cargo acaba por violar a própria soberania dos detentores originais do poder, o povo", disse.
Diante disso, o governador sugeriu que o pleito suplementar seja realizado em outubro deste ano, juntamente com as eleições municipais.
"Ora, a cassação deu-se por infração eleitoral cometida pela senadora cassada; todavia, a se manter o pleito marcado para o mês vindouro, os custos para correção de tal infração individual será indevidamente suportado por toda a população mato-grossense, o que, por si só, demonstra iniquidade a ser prontamente combatida e corrigida", completou o governa