REDAÇÃO     Com a expectativa de ter a sessão extraordinária que visa cassar o mandato do vereador Abílio Júnior (PSC) encerrada ainda nesta tarde de sexta-feira (6) a previsão é de que o parlamentar seja cassado, tendo em vista que a maioria do plenário  é composta por vereadores da base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que apoia a cassação do vereador que tem sido um “calo” na vida do prefeito pela forte oposição que faz   O vereador social-cristão tem o apoio de dez parlamentares, incluindo o de Gilberto Figueiredo (PSB), que retorna ao Legislativo para tentar evitar a cassação do colega.   Figueiredo está a frente da Secretaria de Saúde do Estado desde o início da gestão do governador Mauro Mendes (DEM). A sua exoneração foi publicada no Diário Oficial que circulou na quinta-feira (5).   Após a votação, o socialista retorna para o comando da pasta. A sua volta foi necessária, tendo em vista que o seu suplente, vereador Adilson Levante (PSB), estava propenso a votar pela cassação de Abílio.   Além de Abílio e Gilberto, votam contra a cassação os vereadores Diego Guimarães (PP), Dilemário Alencar (Pros), Felipe Wellaton (PV), Marcelo Bussiki (PSB), Lilo Pinheiro (PDT), Wilson Kero Kero (PSL), Sargento Joelson (PSC) e Vinicyus Hungueney (PP).   Por outro lado, a base de sustentação do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) tem 13 votos cravados, número necessário para garantir a cassação de Abílio.   São eles: Adevair Cabral (PSDB), Chico 2000 (PL), Juca do Guaraná Filho (Avante), Luis Cláudio (PP), Renivaldo Nascimento (PSDB), Ricardo Saad (PSDB), Toninho de Souza (PSD), Dr. Xavier (PTC), Justino Malheiros (PV), Marcrean Santos (PRTB), Orivaldo da Farmácia (PP), Clebinho Borges (DC) e o presidente do Legislativo, Misael Galvão (PTB).   Há ainda os vereadores que estão "em cima do muro". É o caso de Mário Nadaf e Marcos Veloso, ambos do PV, que ainda não definiram o seu posicionamento.   "Acredito que os aliados do prefeito do paletó vão derrubar o parecer da CCJ e cassar nosso mandato. Eu acredito nisso, tenho certeza disso. Acredito que eles têm a cara de pau e a coragem de derrubar aquilo que feito dentro da legalidade para cassar nosso mandato de vereador", afirmou Abílio, na quinta-feira.   Questionado se não tentará impedir a votação recorrendo ao Judiciário, o parlamentar afirmou que só irá judicializar o tema após a conclusão do processo.   "Só vou acionar a Justiça depois da votação. Esses vereadores serão mostrados à população. A população saberá qual o vereador quer cassar o nosso mandato e quer proteger o prefeito corrupto, que colocou dinheiro no paletó. Só depois da votação, vou entrar na Justiça", afirmou.   Abílio está confiante em seu retorno à Câmara, caso seja cassado, mas acredita que ele irá perder todo o ano, caso a "briga" vá para esfera judicial.   "Acredito que ganho na Justiça, mas, como a Justiça tem sido rápida no processo do Emanuel, não acredito que será tão rápida para eu voltar. Pode ser que eu volte em dezembro. E ai, que diferença faz? Já não participaria do processo eleitoral de outubro", completou.   "Este processo de cassação tem três finalidades: tirar o Abílio do processo eleitoral, tirar o Abílio da fiscalização e premiar o Oseas Machado, denunciado por corrupção, que fazia cabide de emprego, operacionalizou o sistema no Hospital São Benedito na campanha de Emanuelzinho, que fazia esse papel ainda hoje na diretoria financeira da Secretaria de Saúde. É esse cara que está vindo para cá", afirmou Abílio Júnior, em referência ao primeiro suplente de sua coligação.    O vereador do PSC tem o apoio de dez parlamentares; bancada do prefeito Emanuel tem 13 votos