Advogado da família Bolsonaro pode não ser nomeado ministro da Justiça

Advogado da família Bolsonaro pode não ser nomeado ministro da Justiça BOLSONARO E FIHOS
REDAÇÃO   Diante das repercussões negativas de nomear uma pessoa de relacionamento muito proximo com o presidente e seus filhos para o Mnistério da Justiça, o Palácio do Planalto está revendo a nomeação do advogdo e major da reserva da PM, Jorge Oliveira para o cargo. Elé é o nome preFerido do clã Bolsonao, mas pode nõ ser nomeado para a vaga aberta cm a saída de Sérgio Moro.   O Planalto voltou a procurar nesta segunda um nome alternativo para o Ministério da Justiça, apesar do desejo do presidente Jair Bolsonaro de colocar na pasta o atual ocupante da Secretaria Geral, Jorge Oliveira.   A insistência em encontrar uma pessoa com perfil mais técnico, menos identificada com a família do presidente, é do próprio Oliveira, que já foi chefe de gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro.   Advogado e major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, Jorge Oliveira tem dito a pessoas próximas que aceitaria o ministério se fosse uma “missão”. Argumenta, entretanto, que o governo ficará preservado se uma pessoa com perfil diferente for escolhida.   A busca deste novo nome estaria por trás da demora no anúncio do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, já que o presidente desejava desde o domingo anunciar tanto no ocupante do cargo quanto o novo Diretor Geral da Polícia Federal.                 Alexandre Ramagem   Delegado da Polícia Federal, Ramagem entrou na corporação em 2005. Na PF, ele comandou as divisões de Administração de Recursos Humanos e de Estudos, Legislações e Pareceres.   Ainda na PF, ele também atuou na área de coordenação de eventos como a Copa do Mundo de 2014, a Olimpíada de 2016 e a Rio+20, conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente.   Em 2018, Ramagem foi segurança do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral – os candidatos a presidente têm direito à segurança prestada pela Polícia Federal.   Ele assumiu o comando da segurança de Bolsonaro depois de o presidente, então candidato, ter sido vítima, em setembro, de um atentado a faca em Juiz de Fora (MG). Desde a campanha, a relação de amizade dele com a família Bolsonaro se intensificou.   Em julho de 2019, foi nomeado para a direção da Abin. Antes, trabalhou com o ex-ministro Santos Cruz, chefe da Secretaria de Governo na gestão Bolsonaro nos primeiros meses do mandato.   Inquéritos   A Polícia Federal investiga atualmente, a mando do Supremo Tribunal Federal (STF), um esquema de fake news contra ministros da corte, e parlamentares suspeitos de apoiar atos antidemocráticos, que pregam intervenção militar.   O relator dos inquéritos, ministro Alexandre de Moraes, determinou que os delegados à frente dessas investigações sejam mantidos na função, depois que Moro denunciou que um dos motivos para Bolsonaro ter mudado o comando da PF é um incômodo do presidente com os inquéritos.