Redação A polêmica em torno de uma verba de R$ 41 milhões de reais repassada pelo Governo Federal para a prefeitura de Cuiabá, com a finalidade de fazer investimentos no combate à pandemia da Covid-19, mas cuja destinação real o município ainda não esclareceu devidamente, continua rendendo embates entre o governador Mauro Mendes (Dem) e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). A briga monopoliza atenções no meio político e entre pessoas comuns. E virou pauta do momento dos jornalistas que cobrem a área política. Há aqueles que acham que Mauro está certo em cobrar onde e como o prefeito aplicou o dinheiro. Afinal, a verba seria destinada para ampliação de leitos de UTIs em Cuiabá, mas até onde se sabe, o prefeito não esclareceu isso. Sem detalhar em que setores o dinheiro foi aplicado, Emanuel Pinheiro vem se limitando a rebater as críticas com o argumento que, sob o comando de Mendes, Mato Grosso está igual “barco sem rumo”. Já Mauro Mendes, em entrevista, explica que na condição de governador precisa olhar para o estado todo. Cuiabá, como capital, tem contrato com o Ministério da Saúde e com o Governo do Estado para ser gestora plena. “Então, tem vários hospitais que estão sob a administração da prefeitura", ressaltou. O chefe do Executivo estadual, no entanto, diz que tem dado atenção especial a Cuiabá e, como exemplo, cita a Santa Casa, hospital filantrópico que vivia em permanente crise de gestão e, para não ter suas atividades encerradas, precisou ser assumido pelo Estado. "O prefeito, com todo respeito, é um malandro de carteirinha. Esse Emanuel Pinheiro, fala muito, mas não trabalha. Recebeu R$ 41 milhões até esses dias do Ministério da Saúde para Covid e não abriu nenhum leito novo de UTI em Cuiabá", afirmou o governador. "Quero saber, prefeito, cadê os leitos de UTI? O que o senhor fez com R$ 41 milhões para a Covid? Onde o senhor aplicou esse dinheiro?". "Um prefeito que fica com malandragem, mentindo, e sabe-se lá fazendo o que com esse dinheiro que chegou do Ministério para atuar no coronavírus", finalizou.