MEXIDA NO TABULEIRO: Candidatos ao Senado “bolsonaristas raiz” de MT perdem espaço com entrada de Bolsonaro no PL de Wellington Fagundes

MEXIDA NO TABULEIRO: Candidatos ao Senado “bolsonaristas raiz” de MT perdem espaço com entrada de Bolsonaro no PL de Wellington Fagundes wellington
Análise PolíticaPor Mário Marques de Almeida Com o ingresso já confirmado do presidente Jair Bolsonaro no PL, sigla do Centrão comandada nacionalmente pelo ex-deputado federal Waldemar da Costa Neto e que tem em Mato Grosso como seu principal líder o senador Wellington Fagundes, candidato à reeleição à vaga, os chamados “bolsonaristas raiz” mato-grossenses que pretendem concorrer ao posto de senador perdem espaço para essa disputa. Pelo menos no âmbito dos seguidores de Bolsonaro no Estado ocorre uma mudança impactante em desfavor de eventuais “bolsonaristas” que intencionavam se candidatar a senador. De outro lado, o senador Wellington Fagundes que estava, digamos assim, com sua candidatura ”solta” tem agora uma “bandeira” em que se agarrar. À primeira vista, o senador Wellington sai fortalecido por ter o presidente da República como provável candidato à reeleição, filiado ao PL. Isto é, se o fator Lula, que vê seu nome crescer nas intenções de votos, não interferir no resultado das urnas em Mato Grosso. O que é praticamente impossível de não ocorrer essa interferência, considerando que Lula vai querer, também em Mato Grosso, um candidato a senador eleitoralmente viável e que comungue com seus ideais de reconstrução do País e fortalecimento das políticas sociais. Mais que necessárias diante da desvalorização do real, a volta da inflação, dos índices alarmantes de desemprego e da fome. Nesse aspecto, vale observar que ele vem liderando todas as pesquisas eleitorais já divulgadas no País com uma larga margem de frente sobre Jair Bolsonaro – que se segura no segundo lugar, porém, bem atrás do ex-presidente da República, inegavelmente a liderança política mais popular do Brasil. Vista por essa ótica, a disputa pela única vaga ao Senado, no caso de Mato Grosso, deve monopolizar mais as atenções do meio político e do eleitorado que a própria eleição para governador. Batido o martelo Quanto ao presidente Jair Bolsonaro, este confirmou na noite desta segunda-feira, 8, em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, sua filiação ao PL para disputar as eleições de 2022. "Talvez saia essa semana", disse o chefe do Executivo após ser questionado por um simpatizante sobre a data de entrada no novo partido. Bolsonaro fechou a ida para o PL em um acerto que, até o momento, reserva ao PP o direito de indicar o candidato a vice na chapa para disputar a reeleição. A data favorita para a cúpula do PL para o ato de filiação de Bolsonaro é 22 de novembro, em uma alusão ao número do partido na urna. Sigla do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o PP era a legenda favorita para abrigar Bolsonaro, mas acabou perdendo para o PL por duas razões. Primeiro, a dificuldade do Progressistas em conter a disposição de diretórios regionais em apoiar o PT em alguns Estados, o que incomodava o presidente. Depois, a possibilidade de o PL entrar no arco de alianças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve disputar o Palácio do Planalto pelo PT, caso fosse preterido. Fala de Fagundes No entanto, o senador Wellington Fagundes (PL-MT), que se reuniu ontem (8) com Bolsonaro, sinalizou com a possibilidade de a legenda liberar os diretórios estaduais. "O Brasil é muito grande, temos muitas diferenças regionais e, claro, vivemos um pluripartidarismo. As eleições não serão verticalizadas, isso permite que facilite arranjos nos estados, porque temos que pensar em eleição no segundo turno", disse o parlamentar, na saída do Planalto.