CRIADOR DE CONFUSÃO: Partido Liberal cancela evento de filiação de Bolsonaro; ele nem se filiou e já enfrenta divergências

CRIADOR DE CONFUSÃO: Partido Liberal cancela evento de filiação de Bolsonaro; ele nem se filiou e já enfrenta divergências
COM APROVAÇÃO PEQUENA E REJEIÇÃO ALTA, JAIR BOLSONARO PASSA A SER  EX-MITO E VIRA CRIADOR DE CONFUSÃO NOS PARTIDOS ONDE ENSAIA SE FILIAR. O PL É UM EXEMPLO. ONDE O INGRESSO DELE, NESSA OU NAQUELA LEGENDA PODE FAZER ALGUM SUCESSO É EM MATO GROSSO, ESTADO CONSIDERADO NO PAÍS O “FIM DA LINHA” EM MATÉRIA POLÍTICA Bolsonaro fez acordo com PL de São Paulo e agora voltou atrás Políticos que participaram das conversas para filiação do presidente ao partido já não dão mais como certa a entrada dele na sigla por conta de divergências sobre quem apoiar para o governo de São Paulo. Na última conversa que o presidente da República teve com Valdemar Costa Neto, dono do PL, ficou acertado que o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, sairia candidato a senador por Goiás e não mais candidato a governador por São Paulo. Com isso, o diretório do partido ficaria livre para apoiar a candidatura de Rodrigo Garcia ao Palácio dos Bandeirantes. Garcia é vice de João Dória, inimigo político número 1 de Bolsonaro. Pelo acordo, mesmo que o PL mantivesse apoio a Rodrigo, Bolsonaro poderia apoiar outro candidato em São Paulo. "Mas ficou acertado que a gente ia empurrar com a barriga essa história de São Paulo. Com o domicílio eleitoral de Tarcísio em Goiás, e não em São Paulo, ficava mais fácil um arranjo", explicou uma fonte do blog. Como acordo celebrado com Bolsonaro é sempre uma caixinha de surpresas, a madrugada do presidente foi animada, e ele voltou atrás no que havia acertado com Valdemar. Além das divergências sobre o arranjo eleitoral em São Paulo, os filhos do presidente sempre brigam pelo controle do que realmente dá poder num partido político: o dinheiro. Hoje, Bolsonaro também comentou sobre a filiação e citou diretamente o problema com São Paulo. "A gente não vai aceitar por exemplo em São Paulo apoiar alguém do PSDB", disse Bolsonaro. "Não tenho candidato em São Paulo ainda. Talvez o Tarcísio aceite esse desafio", afirmou No maior colégio eleitoral do País, o PL quer apoiar a candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) ao Palácio dos Bandeirantes. Já Bolsonaro quer ter um palanque diferente no Estado e não aceita apoiar um apadrinhado do governador João Doria (PSDB-SP), seu adversário. O presidente deseja que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, dispute a sucessão de Doria. Na tentativa de um acordo, a cúpula do PL sugeriu Tarcísio como candidato ao Senado por Goiás. O que não agrada aos bolsonaristas, que vetam qualquer aliança com o grupo de Doria. Em São Paulo, o PL faz parte da base do governo estadual e tem o controle de estruturas importantes, como o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER). As divergências, porém, não se resumem a São Paulo. O PL e Bolsonaro têm obstáculos a superar em outros Estados, como Piauí e Alagoas - onde o partido de Costa Neto deve apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - e no Amazonas. Lá, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), é adversário de Bolsonaro e ameaça sair do PL.