STF recebe pedido de prisão de desembargador acusado de receber imóveis e Harley-Davidson em esquema de venda de sentença
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20/12/2024 - 15:11
A Polícia Federal está investigando um esquema de venda de sentenças judiciais que envolve o desembargador João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O caso surgiu após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em dezembro de 2023. Zampieri, que atuava no Centro-Oeste, foi morto com 10 tiros dentro de seu carro. Durante as investigações sobre o homicídio, a PF convidou o advogado, por meio de suas empresas, a fazer pagamentos a uma servidora do gabinete do desembargador. Com esse dinheiro, o servidora adquiriu imóveis e outros bens, que não estavam devidamente declarados, mas foram registrados como propriedade do desembarque
Além de João Ferreira Filho, o esquema de venda de sentenças envolve outros membros do Judiciário, incluindo servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso, de grande complexidade, foi levado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e está sendo tramitado pelo ministro Cristiano Zanin. As investigações revelaram que os envolvidos cobraram valores em troca de decisões detalhadas em processos judiciais e também vazaram informações sigilosas sobr
Com base nas evidências, a PF chegou a pedir a prisão do desembargador, mas o ministro Zanin negou o pedido, embora tenha ampliado as restrições já impostas a ele. Ferreira Filho já está afastado de suas funções. Em um desdobramento recente, a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Sisamnes, que resultou no bloqueio de R$ 1,8 milhão e no sequestro de bens adquiridos por meio do esquema. As investigações continuam em andamento, com novas apreen
Essa operação expõe o envolvimento de membros do Judiciário em práticas ilícitas e reforça a importância das investigações para combater a corrupção e a impunidade dentro do sistema judiciário brasileiro. A Polícia Federal e o STF seguem empenhados em apurar as responsabilidades, com a expectativa de que novos desdobramentos sejam revelados nos próximos meses.
Redação com informações de g1.globo.com