A crise do superendividamento por empréstimos consignados em Mato Grosso assume proporções alarmantes, com denúncias e ações se multiplicando tanto no âmbito estadual quanto municipal.
Enquanto o Governo do Estado e o Tribunal de Contas (TCE-MT) buscam soluções para os servidores estaduais, as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande também confirmam o recebimento de graves denúncias, especialmente relacionadas a cartões de crédito e suas taxas abusivas.
O deputado Wilson Santos (ALMT) confirmou que denúncias semelhantes estão surgindo entre servidores das prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande, e até mesmo de funcionários da própria Assembleia.
Em Várzea Grande, os vereadores também têm recebido denúncia sobre servidores que estão sendo lesados, que estão em superendividamento. Começam a aparecer denúncias também de servidores da prefeitura de Cuiabá, até aqui da Assembleia, já começam a aparecer começam a aparecer", afirmou Wilson Santos.
Ele indicou que o trabalho da ALMT para servidores estaduais pode servir de "espelho" e oferecer colaboração aos municípios.
Em Cuiabá, o prefeito Abílio Brunini confirmou em 12 de junho o recebimento de "denúncias muito sérias", especialmente sobre consignados municipais via cartão de crédito. O prefeito anunciou medidas drásticas: limitar a zero os consignados via cartão de crédito devido às taxas abusivas e limitar os consignados tradicionais a 30% do salário.
O vereador Dilemário Alencar (UB) foi quem levou a denúncia à prefeitura. Ele argumenta que o crédito rotativo de cartões para consignados tem sido a principal causa do endividamento, já que a lei permite uma margem extra de 5% para esses cartões, mas com juros "geralmente abusivos" e parcelas de até 120 meses. Dilemário pediu auditoria em todos os contratos e taxas de bancos conveniados com a Prefeitura de Cuiabá.
FOTO: ALMT
Copyright © Todos os direitos reservados