Nem bem retornou de viagem internacional, a deputada estadual Janaina Riva (MDB), depois de se reunir com a cúpula do seu partido e definir os próximos passos visando às eleições gerais de 2026, acabou deixando tácito que seu partido marchará em busca de uma candidatura de centro-direita. Portanto, distante da esquerda e de uma eventual reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A posição da futura presidente do MDB torna ainda mais instável o processo eleitoral em Mato Grosso, pois, nas últimas eleições gerais, o partido esteve aliado ao governador Mauro Mendes (União Brasil), mas tende, agora, se distanciar.
Em que pese o governador e a deputada compartilharem da mesma ambição eleitoral - as duas vagas no Senado - e serem pressionados, principalmente, pelo agronegócio e pela maioria da população, que rejeita o atual mandato do petista Lula, sgeundo recentes pesquisas de intenção de voto..
Mas a fala da parlamentar, em entrevistas e nas mídias sociais, foi para lá de emblemática. Ela afirmou que o MDB vai começar sua transição, após décadas sob o comando do ex-deputado federal Carlos Bezerra. Ela chega mais do que cacifada pela direção nacional, sob Baleia Rossi, que com Janaina, participou do "Gilmarpalooza", termo usado de maneira informal para se referir ao Fórum Juridico de Lisboa, criado pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, em 2013.
A expressão faz referência ao super-festival de música Lollapalooza, em São Paulo, pela dimensão do encontro, que reúne autoridades, advogados, empresários e políticos em debates, eventos paralelos e encontros.
Realizado pelo IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), que tem como sócio o ministro mato-grossenses, decano do STF, o evento contou com a presença de diversos ministros de cortes superioresl, ministros de Estado e de políticos com ou sem mandato. Inclusive, o governador Mauro Mendes e os deputados Eduardo Botelho e Dr. João José de Matos (Republicanbos), o Dr. João, primeiro-secretário da Assembleia Legislativa.
O Gilmarpalooza contou com palestras de Janaina Riva, do ex-governador Pedro Taques (sem partido) e fala der Mauro Mendes, entre outros. E, como ocorreu em terras portuguesas, não poderia deixar de ter ‘dois dedos de prosas’ e todas elas políticas, onde os cenários para 2026 foram avaliados.
“Não tem como não discutir política. Ela faz parte do nosso dia a dia. Mas, definições mesmo, somente nos partidos e respeitando as regras eleitorais”, disse Janaina.
“Vamos ter uma candidatura de centro-direita”, disse ela, reconhecendo que o MDB tem envergadura nacional, mas ressaltou que, em curto prazo, não se vislumbra um nome com capacidade de aglutinar forças para enfrentar uma eleição nacional.
Se, por um lado, admite dificuldades em definir um nome, por outro, Janaina Riva sinalizou existir muita coisa acontecendo, em nível partidário, citando que o MDB caminha para formar uma federação com o Republicanos, e que ainda ocorrem conversas em paralelo com pelo menos outras duas siglas, que estavam conversando para se fundirem, o Podemos e o PSDB.
Desistindo da fusão, tendem a se federalizar, o que pode representar um passo para que o MDB, que não tem um nome presidenciável, passe a ter, na figura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, justamente do Republicanos, outro ilustre participante do encontro jurídico em Portugal, como um nome com muito potencial e que conseguiria reunir, até mesmo, aqueles que são extrema-direita.
Toda essa movimentação, segundo a parlamentar de terceiro mandato e que vem de votações expressivas, consolida sua caminhada rumo àa candidatura para uma das duas vagas para o Senado, atualmente ocupadas por Jayme Campos (União) e por Carlos Fávaro (PSD) - licenciado para assumir o Ministério da Agricltura - o primeiro de centro-direita e o segundo, de esquerda.
Mas a deputada alertou que suas responsabilidades vão dobrar em termos de partido, pois tem que cuidar do MDBo como um todo e em todo Mato Grosso. E isso vai demandar muito mais trabalho e muito mais dedicação, em busca de eleger nomes para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal.
Janaína também admitiu que essa nova configuração partidária tende a mudar cenários na sucessão estadual. Ainda mais com a federação que reunirá Otaviano Pivetta (Repúblicanos), ela mesma pelo MDB, Max Russi (PSB), que estaria caminhando para o Podemos, e o PSDB, que pode receber filiações de peso, caso se confirme a fusão ou federação.
Se por um lado essas conversações reúnem fortes lideres partidários em torno de um mesmo projeto, que é de centro-direita, também os afastam de outras postulações. Como o senador Wellington Fagundes (PL), que deveria ser o caminho natural para aqueles que rejeitam a esquerda e a candidatura petista de Lula, mas acabaram se tornando extrema-direita.
Janaina Riva ainda assinalou que projeto do MDB nacional - e que, na medida do possível, será acompanhado nos estados - é de centro-direita, e não extrema-direita. E que a possibilidade dos palanques do MDB e do PL estarem em campos opostos é grande, em Mato Grosso e em outros Estados.
Também observou que "ainda é cedo" para se falar em definições.
"Primeiro, temos que saber se as federações irão se concretizar e com quem elas serão concretizadas, para então se definirem nomes, candidaturas, respeitando as postulações. Eu mesma postulo a candidatura ao Senado e vou mantê-la até o fim”, completou a deputada.
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