Preocupado com as repercussões - na maioria dos casos, negativas - que ganharam suposto acordo político entre empresários, políticos e o governador Mauro Mendes (UB) para garantir a candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao Governo de Mato Grosso, em 2026, o secretário-geral do União Brasil e líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Dilmar Dal`Bosco, agendou uma reunião da cúpula do partido para segunda-feira (14), a partir das 18h, na sede da agremiação.
O encontro que teria "fortalecido" Pivetta ocorreu no dia 8 passado, no apartamento do próprio vice-governador, e contou com a presença do presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), e de "barões" do ago, como os primos Blairo e Eraí Maggi, ambos do PP
“Política se faz debatendo idéias, mas com inclusão, sem exclusão. Decisões de partido têm que ser da maioria, e não de uma minoria. Todos têm direito à opinião própria e, até mesmo, de fazer opções. Mas, quando se está dentro de um partido, de uma sigla, que se mantém construindo opções para a população, para o eleitorado, não se pode fazer de qualquer jeito. A palavra final é de quem vai votar, ou seja, o eleitor”, disse Dal`Bosco.
A expectativa é de que todos os líderes do UB compareçam à reunião convocada pelo secretário-geral.
O deputado lembrou que a última reunião agendada e que seria para iniciar as discussões locais, depois que foi formalizada a federação entre o União Brasil e o Partido Progressista (PP), não aconteceu por choque de agenda do governador Mauro Mendes, que chegou após às 23h, depois que o senador Jayme Campos já havia saído para outra agenda. O contratempo não permitiu reunir os membros dos dois partidos.
A federação União e PP, denominada União Progressista (UP), ainda se encontra cumprindo prazos e arregimentando documentação para ser concretizada e registrada, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e nas convenções partidárias,
Líder do governador Mauro Mendes, o parlamentar de quatro mandatos discordou de como as coisas aconteceram, no começo desta semana.
Ainda mais, quando tornaram publico uma roda de conversa, "ilações políticas" que nem poderiam acontecer, pois a legislação impõe pesadas restrições à política eleitoral, considerando alguns em exercício de mandatos eletivos.
“Você antecipar uma discussão de um fato, que, depende de uma série de outras decisões e que ttem prazo específico, previsto em lei, para se realizarem convenções partidárias, que escolherão os então candidatos que vão às urnas em 4 de outubro de 2026, em primeiro turno, é temerário e acaba provocando o atual quadro de conflito interno”, disse. Dal’Bosco.
Dilmar Dal'Bosco lembrou que uma ruptura, neste momento, pode representar dificuldades futuras para o partido, sobretudo, para a definição de candidaturas.
”Ninguém ganha eleição sozinho. Por isso, os partidos se alinham uns com outros e os políticos acabam se aproximando de outros políticos, dependendo das idéias e do trabalho realizado. Então, é muito ruim quando fatos como desta semana acontecem”, disse o parlamentar.
Dal’Bosco observou que não existe, neste momento, nenhuma definição, e os fatos que se tornaram públicos tratam de uma relação política, e particular entre o governador Mauro Mendes e o vice-governador Otaviano Pivetta ,que pode ser confirmada no futuro, mas não agora. E sem conversar com todos que têm interesses em disputar as eleições de 2026.
“Ninguém é maior do que o partido e suas diretrizes. Por isso, nós vamos nos reunir e discutir quais os melhores cenários e os melhores nomes. Para isso existem pesquisas e outros instrumentos de avaliação. Quando se antecipa muito decisões desta natureza, acaba-se permitindo que outros partidos adversários ou não troquem de siglas. Então, você acaba esvaziando a própria sigla”, explicou.
O deputado razão ao governador Mauro Mendes, quando este declarou que, quando se antecipam eleições ou se discutemr disputas de dois em dois anos, corre-se o risco de priorizar o que não interessa ao eleitor, aos cidadãos que esperam trabalho e solução para seus problemas, e não discussões futuras, ou antes dos prazos legais.
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