Ex-vereador em Cuiabá, o tenente-coronel Marcos Eduardo Ticianel Paccola, da Polícia Militar, ganhou um prazo de 10 dias para apresentar defesa por escrito, em um processo que pode levar à perda da patente. Paccola foi condenado por falsidade ideológica. Ele cumpre prisão domiciliar.
A decisão é desembargador Marcos Machado, relator da 1ª Câmara Criminal do TJMT, e foi publicada na segunda-feira (4).
O pedido de exclusão da PMMT foi feito pelo Ministério Público, com base em uma condenação criminal imposta pela Justiça Militar de Cuiabá.
O ex-vereador foi condenado pela 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar da Capital, em dezembro de 2022.
Pegou quatro anos de reclusão, em regime semiaberto, pelos crimes de falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informação pública.
A pena foi reduzida, em janeiro de 2023, para dois anos.
Além do processo disciplinar, Marcos Paccola também deve ser acusado de homicídio qualificado contra o agente do sistema socioeducativo Alexandre Miyagawa, ocorrido em julho de 2022, em Cuiabá.
A denúncia cita que o militar atirou três vezes pelas costas da vítima, em frente a uma distribuidora de bebidas, no bairro Quilombo.
O juiz destacou que a análise dos ferimentos mostra que o agente já estava caindo quando foi atingido.
E que os disparos dificultaram qualquer possibilidade de reação, o que justifica as qualificadoras de motivo torpe e meio que dificultou a defesa da vítima.
Na época do crime, Paccola era vereador por Cuiabá e foi cassado por quebra de decoro parlamentar.
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