Regivaldo Batista Cardoso se disse satisfeito com a condenação do pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, sentenciado a 225 anos de prisão pelo estupro e assassinato de sua esposa, Cleci Calvi Cardoso, e das três filhas, Miliani (19), Manuela (13) e Melissa (10), em novembro de 2023.
Emocionado, Regivaldo afirmou que a sentença traz um alívio, mesmo sem poder apagar a dor. "Estou satisfeito com a sentença. Não vai trazer elas de volta, não vai diminuir o sofrimento, a saudade, mas a justiça foi feita hoje", disse ele.
O marido de Cleci e pai das outras três vítimas acredita que a pena, mesmo limitada a 40 anos de cumprimento, garante que o assassino jamais sairá da cadeia. "O juiz também foi certeiro na sentença. Com certeza não vai colocar o pé dele fora da cadeia nunca mais". (Veja o vídeo abaixo)
O julgamento
O crime chocou o país e gerou uma grande comoção social, levando a mudanças no Código Penal para aumentar a pena para casos de feminicídio.
Gilberto, que confessou os crimes à polícia, invadiu a casa da família e cometeu os assassinatos com requintes de crueldade.
O julgamento, presidido pelo juiz Rafael Deprá Panichella, da 1ª Vara Criminal de Sorriso, teve a participação de um júri popular. Gilberto participou por videoconferência.
O magistrado explicou que a nova lei de feminicídio, que eleva a pena máxima para 40 anos, não foi aplicada no caso por ser mais severa e ter sido promulgada após o crime.
O crime
O município de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, foi palco de um crime brutal que chocou o país. Cleci Calvi Cardoso, de 45 anos, e suas filhas, Miliani (19), Manuela (13) e Melissa (10), foram assassinadas dentro de sua própria casa, no Bairro Florais da Mata.
O autor confesso do crime, Gilberto Rodrigues, admitiu ter matado as quatro vítimas na madrugada de 24 de novembro de 2023. Na época, Gilberto tinha um mandado de prisão em aberto por latrocínio, mas estava em liberdade. Ele revelou à polícia que trabalhava como pedreiro em uma obra ao lado da residência da família e planejou os assassinatos para cometer estupros.
Gilberto disse ter estuprado as mulheres depois que elas já estavam mortas. Com ele, foram apreendidas as roupas íntimas que as vítimas usavam no dia do crime, as quais ele levou como “troféus” do crime.
(com unica news)
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