A magistrada Helícia Vitti Lourenço rejeitou o recurso que buscava anular a decisão de levar o réu a júri pelo homicídio, além de manter a prisão preventiva.
A Justiça de Mato Grosso confirmou que o ex-procurador da Assembleia Legislativa, Luiz Eduardo Figueiredo Rocha, vai a júri popular pelo homicídio de um morador de rua.
A juíza Helícia Vitti Lourenço, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, negou um recurso da defesa que buscava anular a decisão, mantendo também a prisão preventiva do acusado. A decisão foi publicada na última sexta-feira, 12 de setembro.
Segundo a juíza, a defesa de Luiz Eduardo usou alegações inadequadas para tentar reverter a situação. A magistrada chegou a relatar que foi ameaçada de ser denunciada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo advogado do ex-procurador, devido a um desentendimento em audiência.
Durante o episódio, o advogado teria solicitado a prisão de David Wilkerson, irmão da vítima, por não ter respondido a uma pergunta.
O crime e o caso
O crime ocorreu em 9 de abril, na Avenida Edgar Vieira, em Cuiabá, onde o morador de rua Ney Müller Alves Pereira, foi morto com um tiro na cabeça. Câmeras de segurança registraram o crime, que teve grande repercussão na época.
Em depoimento, Luiz Eduardo afirmou que matou o morador de rua após ele ter atirado uma pedra em seu carro. O ex-procurador disse que, após o suposto ataque, levou sua família para casa e retornou para procurar Ney Pereira.
A investigação policial, no entanto, aponta que Luiz Eduardo teria atirado na testa da vítima. Com a decisão, o ex-procurador será julgado pela sociedade em um tribunal do júri.
(COM ÚNICA NEWS)
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