Igor Henrique Bernardes Pires, acusado de matar a ex-mulher Alice Ribeiro da Silva com uma facada na barriga, na frente do próprio filho, em março de 2023, em Juscimeira (157 km de Cuiabá), foi declarado inimputável pela Justiça após laudos apontarem que ele sofre de esquizofrenia e outros transtornos mentais agravados pelo uso de drogas.
A decisão foi tomada após a abertura de um incidente de insanidade mental. O juiz Alcindo Peres da Rosa, em novembro do ano passado, reconheceu que Igor tinha consciência de que o ato era ilegal, mas não possuía controle sobre suas ações no momento do crime. Por essa razão, a Defensoria Pública foi nomeada para atuar na defesa dele.
No dia 4 de setembro deste ano, o defensor público Denis Thomaz Rodrigues protocolou um pedido para que o processo siga as regras previstas no Código Penal e no Código de Processo Penal, aplicáveis aos inimputáveis, que determinam medidas de segurança como internação em hospital psiquiátrico em vez de cumprimento de pena em prisão comum. O magistrado intimou o Ministério Público de Mato Grosso para se manifestar sobre a solicitação.
O assassinato aconteceu em março de 2023, em um residencial de Juscimeira. De acordo com a Polícia Militar, Igor atacou Alice após uma discussão motivada por uma ligação de vídeo que a vítima havia feito para a sogra. Testemunhas relataram que, logo após a briga, ouviram gritos e retiraram as crianças da casa para evitar que também fossem atacadas.
Quando a PM chegou, Alice já estava morta. Igor fugiu, mas foi localizado pouco tempo depois. Em depoimento, admitiu ter desferido a facada e afirmou que a ex-companheira queria tomar seu patrimônio.
Com a declaração de inimputabilidade, o futuro de Igor agora depende da decisão judicial sobre o pedido da defesa, que pode resultar em sua internação para tratamento psiquiátrico em vez de uma condenação a pena de prisão comum.
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