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A disputa pelo Senado Federal em Mato Grosso ganhou mais um capítulo nesta terça-feira, 15 de dezembro, após o anúncio da executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), que indicou o ex-governador e ex-senador Pedro Taques como possível candidato ao Senado nas eleições de 2026. A movimentação surpreendeu muitas lideranças locais, inclusive o ministro da Agricultura e senador licenciado Carlos Fávaro.
Durante evento oficial em Cuiabá, Fávaro revelou que não havia sido comunicado sobre a articulação em torno de Pedro Taques, algo que foi confirmado também pelo próprio ministro. Segundo ele, soube da decisão apenas após o anúncio público do PT, sem qualquer diálogo prévio com os envolvidos ou com as lideranças locais da federação, que inclui PT, PV e PCdoB.
Ao comentar o episódio, Fávaro se mostrou conciliador, minimizando a repercussão política e ressaltando que a pluralidade de candidaturas é uma parte natural do processo democrático. “Eu disputei o Senado duas vezes, sempre com muitos candidatos, e isso é saudável para a democracia. Quanto mais opções, melhor para o eleitor conhecer propostas e escolher com tranquilidade. A federação pode indicar o primeiro e o segundo voto, e pode ter mais de um candidato ao Senado. Não há problema nenhum nisso”, afirmou Fávaro.
Fávaro também reiterou a independência do PSD, partido ao qual é filiado, e reforçou que não há obrigação formal de consulta à federação para definir as candidaturas ao Senado. O ministro afirmou que a construção do projeto eleitoral para 2026 segue aberta, com o partido mantendo liberdade para negociar e definir estratégias no estado.
Nos bastidores, a movimentação do PT e a entrada de Pedro Taques no cenário eleitoral complicam o quadro político, aumentando a fragmentação interna dentro do campo progressista. A entrada de Taques, que já teve um protagonismo na política mato-grossense, altera as articulações regionais e gera novas tensões entre as forças políticas locais.
Com isso, a corrida ao Senado em 2026 se torna mais imprevisível e reflete a complexidade das alianças e articulações que serão feitas ao longo do próximo ano. A eleição de 2026 em Mato Grosso promete ser marcada por disputas internas mais acirradas, com os partidos tentando se reposicionar no cenário eleitoral.
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