REVIRAVOLTA POLÍTICA: Decisão de Maggi de não ser candidato a nada este ano mexe no tabuleiro político de MT com vistas à sucessão estadual

REVIRAVOLTA POLÍTICA: Decisão de Maggi de não ser candidato a nada este ano mexe no tabuleiro político  de MT com vistas à sucessão estadual BMaggi
RedaçãoCaso o senador licenciado e ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), confirme de forma pública e oficial sua decisão, anunciada por enquanto de maneira informal, para um um restrito grupo de amigos e familiares, de abandonar qualquer projeto eleitoral este ano, inclusive o de disputar sua própria reeleição para senador, o fato é uma reviravolta de noventa graus na política estadual.  E mexe radicalmente no tabuleiro político e eleitoral mato-grossense com vistas ao pleito de 2018.Especialmente no que diz respeito às estratégias e aquações que estão sendo articuladas com vistas as eleições para governador e o preenchimento de duas vagas, que se abrem para o Senado, no pleito de outubro próximo.   Com Blairo fora do páreo , o quadro eleitoral, a partir de agora  passa a ser outro. Por consequência, as peças que se movimentam nesse cenário, forçosamente, terão que levar em conta essa mudança, que só prova, mais uma vez, que a política é uma atividade dinâmica e marcada por guinadas que obrigam seus agentes a também mudarem o curso de suas movimentações.    Segundo informa matéria do jornal Diário de Cuiabá, desta terça-feira (20), Maggi reuniu seus familiares e amigos mais próximos, no domingo (18), e comunicou a decisão de optar pela continuidade à frente do Ministério de Agricultura, deixando de vez o projeto de disputar eleições. Seu nome vinha sendo cogitado, além da sua própria reeleição ao Senado,  inclusive para uma eventual disputa ao Governo do Estado, embora, pessoalmente, ele nunca tenha externado esse desejo de tentar voltar ao comando do Palácio Paiaguás, pelo menos nas eleições deste ano. Confira a reportagem, na íntegra:Pablo Rodrigo / Diário de Cuiabá O ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), reuniu familiares e amigos próximos no último domingo para comunicar que não disputará as eleições de 2018. De acordo com interlocutores, Maggi já pretendia deixar a vida pública e decidiu comunicar a todos antes do dia 31 de março, data limite para que ele se descompatibilizasse do ministério. “Ele reuniu sua família e alguns amigos e comunicou que não pretende disputar as eleições. Ele disse que está cansado e que já vinha sofrendo pressão dos familiares para deixar a vida política e cuidar da empresa. Então hoje podemos dizer que o Ministro não será candidato a nada. Nem a reeleição e nem a nenhum outro cargo”, disse o senador Cidinho Santos (PR), que ocupa a vaga de senado de Blairo que se encontra licenciado por conta do ministério.De acordo com Cidinho, a reunião contou a presença da esposa do ministro, Terezinha Maggi, o vice-governador Carlos Fávaro (PSD), o deputado federal Adilton Sachetti (PSB), o primo Eraí Maggi e o empresário Mauro Carvalho, além de Cidinho.Sobre um possível receio do ministro em perder o foro privilegiado por conta do mandato parlamentar, Cidinho disse que isso nunca foi analisado em sua decisão. “O ministro Blairo nunca citou isso e nem levou em consideração. Ele está completamente tranquilo diante de todas as investigações e acusações que delatores tentam manchar a sua história. Ele tomou a sua decisão sem ao menos se lembrar desse assunto”, garantiu Cidinho.Maggi é acusado de ser um dos mentores do esquema de corrupção que se instalou no governo do Estado entre os anos de 2006 e 2014, fato que a Polícia Federal investiga na Operação Ararath, que desvendou um grande esquema de lavagem de dinheiro e crimes financeiros para financiar campanhas eleitorais através de caixa 2.Conforme o Diário apurou, Blairo Maggi aceitou o pedido do presidente Michel Temer (PMDB), que o convidou para concluir a sua gestão a frente do Ministério da Agricultura.O governador Pedro Taques (PSDB) e o empresário Mauro Mendes também teriam sido comunicados da decisão de Maggi. Com isso Taques deverá antecipar as negociações para a composição de sua chapa, já que pretende disputar a reeleição ao Palácio Paiaguás.Blairo Maggi iniciou a carreira política em 1994, quando era filiado no PP e foi eleito suplente do ex-senador e já falecido Jonas Pinheiro (PFL). Em 2002 disputou o governo do Estado pelo PPS, quando foi eleito com 51% dos votos ainda no primeiro turno.Em 2006 foi reeleito também no 1º turno e já filiado ao Partido da República (PR).Renunciou ao cargo de governador em março de 2010 para disputar uma das vagas ao Senado Federal. Foi eleito Senador da República com mais de 1 milhão de votos, sendo o primeiro político a conseguir esse feito em Mato Grosso.Apoiou o projeto de reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Porém, decidiu deixar a base de sustentação ao governo e apoiou o impeachment da petista em 2016. Na mesa época, deixou o PR e se filiou ao Partido Progressista (PP) para compor o governo Michel Temer.A nossa reportagem entrou em contato com o ministro. Porém, ele não quis comentar a sua decisão.