Redação   As obras de duplicação do trecho da BR-163, entre Rondonópolis e Cuiabá – o trajeto dessa rodovia que mais concentra tráfego pesado (carretas e caminhões) – não conseguem avançar no sentido de desobstruir “gargalos” representados por trechos que continuam com pista de mão dupla e formam imensos engarrafamentos e riscos para os condutores de veículos e passageiros.Um desses trechos estrangulados, sem sinais de que a duplicação seja entregue em breve, é o que vai da altura do distrito de Boavista, em Rondonópolis, a cidade de Jaciara, com um percurso de cerca de 40 quilômetros. “Essa obra não deslancha nunca”, reclama o camioneiro Adelson Ferreira, que faz esse trajeto pelo menos duas vezes por semana e afirma ter visto vários acidentes nessa parte da rodovia, por falta de duplicação. Ele alega também que a concessionária Rota Oeste, do grupo Odebrecht, não vem fazendo a manutenção adequada, inclusive nos trechos duplicados, onde já aparecem desníveis nas pistas e pequenos buracos, que demoram para serem tapados “Parece até que eles abandonaram o projeto, talvez, porque os desvios nas vilas e cidades que se encontram no trajeto, fica caro”, raciocina o camioneiro. As comunidades a que ele se refere são, além de Boavista, as cidades de Juscimeira, São Pedro da Cipa e Jaciara.“Mas o pedágio eles não esquecem de cobrar”, cutuca.   Outro trecho que está demorando para ter a duplicação entregue é o que sai do final da Serra de São Vicente até a chegada no Distrito Industrial, em Cuiabá. Esse trajeto de cerca de 35 quilômetros segue em obras, porém, quem trafega por ali, percebe que o ritmo dos trabalhos é lento.   Ainda nesse percurso entre Rondonópolis e Cuiabá, existe um trecho, este bem menor, de cerca de 5 quilômetros, que ainda está sem duplicar: fica na altura da Escola Técnica de Sâo Vicente.