Mesmo isolados e em minoria, pequenos grupos bolsonaristas pedem golpe militar e fechamento do Congresso e STF

Mesmo isolados e em minoria, pequenos grupos bolsonaristas pedem golpe militar e fechamento do Congresso e STF Bolsonaristas
Redação Apesar de amplamente minoritários, segundo aponta pesquisa do Datafolha, divulgada neste final de semana, mostrando que 75% da sociedade brasileira rejeita ditadura e apenas 10% aceita esse sistema opressivo e anti-democrático, pequenos grupos de bolsonaristas insistem em atos onde pedem intervenção militar e fechamento das instituições republicanas. Essas manifestações, cada vez mais minoritárias, ocorreram, por exemplo, em São Paulo e Brasília. Na Capital da República, no pico do ato, reuniu cerca de 80 a 100 manifestantes, portando faixas e cartazes, com pedidos de golpes. Eles se reuniram de forma esparsa em frente ao Quartel-General do Exército. Ao contrário de outras ocasiões, nem o presidente Jair Bolsonaro ou qualquer outra autoridade do primeiro escalão compareceram para saudar os militantes de extrema-direita. Sobre esse assunto, confira também matéria postada hoje pelo site Congresso em Foco: Manifestantes pró-Bolsonaro voltam a pedir fechamento do STF *Por Marina Oliveira Apoiadores de Jair Bolsonaro voltaram às ruas de Brasília neste domingo (28) para defender a volta da ditadura militar, o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Desde o início da pandemia, a militância bolsonarista tem ido à Esplanada para manifestar apoio ao presidente. De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o ato correu sem nenhuma intercorrência. A PM não informou quantas pessoas participaram da manifestação, mas afirmou que o número de pessoas é menor que o registrado nas semanas anteriores. No domingo passado, a PMDF montou um esquema para separar os grupos de manifestantes pró e contra Bolsonaro. Diferentemente da última semana, hoje a Esplanada não foi fechada para veículos e pedestres. Participação nos atos Nas últimas semanas, o próprio presidente participou de algumas manifestações contra a democracia, mas desde a prisão de Fabrício Queiroz, na semana passada, Bolsonaro não apareceu nestes atos e adotou um tom menos bélico em seus discursos e postagens nas redes sociais. Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Queiroz foi preso em um desdobramento das investigações sobre o esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro quando Flávio era deputado estadual. Neste sábado (27), Bolsonaro foi ao Ceará para inaugurar um trecho da transposição do Rio São Francisco, obra que foi iniciada ainda na gestão Lula. O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), não participou do evento. Em suas redes sociais, Santana disse que “só após superarmos este grave momento de pandemia, que já atingiu mais de cem mil irmãos e irmãs cearenses, deverei voltar ao local da transposição, para ver de perto as águas do São Francisco”. Fora da agenda oficial, na volta do Nordeste, o presidente visitou Minas Gerais e caminhou pelas ruas sem máscara, causando aglomeração entre apoiadores. Na última terça-feira (23), um juiz do Distrito Federal concedeu uma liminar obrigando o presidente a usar máscara em todas as suas aparições públicas. A AGU disse que vai recorrer da decisão.