Por Mário Marques de Almeida O Democratas é daqueles partidos ditos conservadores no qual a hierarquia política, o aval das lideranças funciona, na maioria das vezes. No Dem, ao contrário do que costuma ocorrer em muitos outros partidos, não existe essa das bases atropelarem os líderes, impondo candidatos à revelia destes. Por exemplo, em Várzea Grande quem define sobre candidaturas à prefeitura, pela ordem, são o senador Jayme Campos, secundado pelo irmão Júlio Campos. Por essa mesma ótica, não só por se tratar de Chefe do Executivo estadual, mas por ser o principal líder do Dem em Cuiabá, onde fez carreira política e de cuja cidade foi prefeito, a decisão sobre o nome do partido para a disputa municipal é do governador Mauro Mendes. A palavra final é dele! Inclusive, quanto a hipótese, que costuma ser analisada nos bastidores, da legenda não ter candidato próprio à prefeitura e vir a se coligar apoiando um cabeça de chapa de outro partido, indicando o vice, por exemplo, as benções de Mauro são imprescindíveis. Nesse comparo, enquanto o governador segue internado em tratamento de problemas pulmonares e não volta à lide, o Dem não bate o martelo, embora tenha nomes sendo cogitados. Um desses candidatáveis do partido ao comando do Palácio Alencastro é o ex-deputado federal Fábio Garcia, que vem sinalizando há tempos disposição em concorrer. Nesse contexto, sabe-se que os irmãos Jayme e Júluo gostariam de ver o partido apoiando a reeleição de Emanuel Pinheiro (MDB). Mas isso é apena uma questão de preferência, porque os dois caciques não vão interferir na decisão quanto ao pleito em Cuiabá. O próprio Júlio Campos, um dos mais experientes políticos de Mato Grosso, disse há tempo que a escolha de quem será candidato do partido na Capital, passa necessariamente por Mauro Mendes. Essa delimitação de terreno, também é uma característica do Dem. Se já era entes, vai ser mais ainda observada agora, quando a hegemonia do partido em Várzea Grande começa a ser fustigada por uma frente d 11 partidos, que estão se articulando para apoiar um empresário daquele município para enfrentar os Campos no comando do Paço Municipal Couto Magalhães que, aliás, eles vêm comandando há décadas.