EFEITO DO R$ 600: Ancorada em mais pobres, aprovação de Bolsonaro atinge maior patamar desde março de 2019, diz pesquisa
EFEITO DO R$ 600: Ancorada em mais pobres, aprovação de Bolsonaro atinge maior patamar desde março de 2019, diz pesquisa
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17/08/2020 - 20:13
Redação
Ancorada pelas camadas da sociedade com menor renda familiar, a aprovação do presidente Jair Bolsonaro atingiu o maior patamar desde março de 2019, ao bater em 37%, apontou pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira, em linha com dados recentes divulgados pelo Datafolha.
A sondagem apontou que aqueles que consideram o governo ótimo ou bom foram de 30% em julho para 37% em agosto ao mesmo tempo que percentual dos que avaliam a gestão como ruim ou péssimo caiu, no mesmo período, de 45% para 37%.
A pesquisa também indicou outros sinais de melhoria do presidente, como expectativa positiva para o restante mandato — aumento de 33% para 37%, enquanto a negativa teve queda de 43% para 36%— e a percepção de que a economia está no caminho certo —alta de 33% para 38%, enquanto os que a veem no caminho errado caíram de 52% para 46%.
AUXÍLIO E CORONAVÍRUS
Segundo a pesquisa, a melhora na avaliação do governo ocorreu na população com renda familiar mensal de até 5 salários mínimos —população que concentra os principais beneficiários do auxílio emergencial, ajuda de 600 reais paga pelo Executivo durante a pandemia de Covid-19.
Ao todo, 70% dos entrevistados disseram-se favoráveis à manutenção do benefício até pelo menos o fim do ano. Entre os que recebem ou esperam receber a ajuda, o porcentual é de 79% e mesmo entre os que não receberam são 64%.
Apesar da persistência em patamares elevados do número de infectados e mortos por Covid-19 no Brasil, 52% dos entrevistados afirmaram que o pior da crise já passou —13 pontos percentuais a mais do que no mês passado. Outros 41% disseram que o pior está por vir —ante 53% na sondagem anterior— e 8% não responderam.
A pesquisa entrevistou 1.000 pessoas por telefone entre os dias 13 a 15 de agosto. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
Aprovação a governadores cai de 36% para 33% e ao Congresso passa de 13% para 14%
A aprovação aos governadores caiu de 36% para 33% entre julho e agosto, de acordo com pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira, 17. A oscilação ficou dentro da margem de erro, de 3,2 pontos porcentuais.
A pesquisa registrou aumento, também dentro da margem de erro, à rejeição dos mandatários dos Estados. A taxa passou de 25% para 26% no período. A avaliação regular ficou estável, em 28%.
Mesmo com as variações dentro da margem de erro, é a quarta queda consecutiva na aprovação aos governadores. A taxa atingiu seu pico em abril, aos 44%, e desde então só apresentou variações negativas.
A principal queda foi registrada na região Sudeste, onde a aprovação aos governadores caiu de 30% em julho para 23% em agosto, já acima da margem de erro. A reprovação aos chefes dos Executivos estaduais subiu de 31% para 34% e a proporção dos que consideram a atuação dos governadores regular subiu de 35% para 40%.
Também teve queda acentuada a aprovação aos governadores do Norte e Centro-Oeste, que cedeu de 35% para 30% no período. A variação ainda está dentro da margem de erro. A pesquisa também registrou aumento marginal na reprovação (25% para 27%) e na avaliação regular (38% para 39%).
Na outra ponta, os governadores da região Nordeste tiveram melhora na sua avaliação: a proporção de avaliações ótimas ou boas subiu de 38% para 42%, também dentro da margem. A avaliação ruim e péssima caiu de 20% para 18% e regular oscilou de 40% para 38%.
No Sul, a aprovação aos governadores ficou estável em 48% e a reprovação ficou estável em 16%. A taxa regular caiu de 35% para 33%.
Congresso
A aprovação à atuação do Congresso Nacional teve leve oscilação em agosto, de 13% para 14%, dentro da margem de erro. A avaliação ruim ou péssima acerca do desempenho do Congresso também teve leve queda, de 39% para 37%, e a taxa regular ficou estável em 43%.
A proporção da população que acredita que o desempenho do Congresso vai melhorar nos próximos meses subiu de 24% para 29%, enquanto os que acham que o desempenho ficará igual passaram de 54% para 50% e os que acham que vai piorar oscilaram de 16% para 13%.