DILEMA NO DEM: Mauro Mendes vê o seu partido se dividir entre três candidatos ao Senado e sofre pressões para apoiar um deles

DILEMA NO DEM: Mauro Mendes vê o seu partido se dividir entre três candidatos ao Senado e sofre pressões para apoiar um deles Mauro Mendes
Por Mário Marques de Almeida Uma verdadeira guerra de informações e contra-informações se estabeleceu em torno de qual candidato a senador o governador Mauro Mendes (Dem) apoiará nas eleições do próximo dia 25 de novembro. As notícias que estão sendo veiculadas por sites locais, pelo conteúdo, demonstram mostrar mais o interesse desse ou daquele grupo na disputa pelo apoio ao seu candidato do que propriamente a manifestação explícita do chefe do Executivo, tendo em vista que Mendes, por enquanto, ainda não veio a público para dizer, pessoalmente, qual o nome que ele apoiará. O que existe, nesse contexto, são pessoas falando por ele. Nesse emaranhado de versões, cabe ao bom jornalismo político filtrar o que é verdade e aquilo que não passa de “plantações”. De concreto, sabe-se que o governador vem sofrendo pressões – o que é natural no jogo político – para definir entre os nomes que fazem parte do seu grupo e estão postulando candidaturas ao Senado. Nesse arco liderado pelo Dem e que tem Mauro Mendes como uma das figuras principais, até pelo elevado cargo que ocupa, três nomes despontam e nenhum deles é filiado ao Democratas, mas já contam com o apoio de lideranças importantes dessa legenda. São eles: Carlos Fávaro, do PSD, que já ocupa a vaga aberta com a cassação do mandato de Selma Rosane e postula concluir o mandato ocupado antes pela ex-juíza; Nilson Leitão, PSDB, e Otaviano Pivetta, do PDT, atual vice-governador e que agora deseja ser senador. É em torno do apoio a um desses três nomes que o Dem hoje se divide e tenta atrair as “benções” de Mauro Mendes. Nesse cenário, como é de se supor, não faltam aqueles que defendem a neutralidade do governador, com a justificativa que aliados dele apoiam essas candidaturas. Em meio a todas essas conjecturas, existem também os que defendem que “lavar as mãos” nesse tipo de disputa que envolve um cargo estratégico para Mato Grosso e o seu governante, corre-se o risco de desagradar a todos os grupos na disputa, o que pode levar o governador ao isolamento dentro de suas próprias forças De acordo com essa linha que diz ser a “neutralidade” a pior hipótese para Mauro Mendes seguir na atual conjuntura, e que defende o posicionamento favorável a um dos três candidatos, a queda de braço no Dem e entre partidos aliados teria afunilado nas últimas horas e estaria em torno do apoio para Fávaro e Pivetta. Um dos dois. No entanto, fontes do Palácio Paiaguás, sede do Governo do Estado, asseguram que o governador Mauro Mendes continuaria firme no apoio à candidatura de Carlos Fávaro (PSD) ao Senado da República. Se verdadeira a informação e na hipótese de vitória do candidato que ele abraçar, Mauro Mendes impõe, pelas urnas, hegemonia no Dem e sobre aliados. Caso não seja bem-sucedido eleitoralmente, o que é sempre um risco em se tratando de disputas pelo poder, ele, obviamente, sairá enfraquecido e terá que recompor sua base de sustentação política e parlamentar. E sem poder fazer muitas imposições. A conferir.