Redação O empresário German Efromovich e seu irmão José foram presos pela Polícia Federal nesta quarta-feira no âmbito de nova fase da Operação Lava Jato, batizada de “Navegar é Preciso”, que apura supostas fraudes em licitação da Transpetro, subsidiária da Petrobras, disse à agência Reuters uma fonte com conhecimento das investigações. A 72ª fase da Lava Jato investiga o pagamento de propina ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que assinou acordo de delação premiada com os investigadores, em um contrato da subsidiária da Petrobras que teria gerado prejuízo de 611,2 milhões de reais à Transpetro, segundo notas do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. ESTALEIRO EISA NO CENTRO DA PROPINA Segundo o MPF, a organização criminosa pagou propina no valor de R$ 40 milhões a altos executivos, como Sérgio Machado, hoje delator. Um dos esquemas envolvia contrato de R$ 28 milhões entre a Transpetro e o estaleiro Eisa, visando à construção de quatro navios. O mesmo estaleiro teria pagado mais R$ 12 milhões de propina para fornecer oito navios petroleiros. Consultorias teriam atestado que o estaleiro não possuía qualificação técnica para prestar o serviço. A transferência do dinheiro teria sido feita na Suíça. "Foram operacionalizados por meio de diversos atos de lavagem de dinheiro que simularam contratos de investimento, de empréstimo, tudo para ocultar a verdadeira natureza desses pagamentos", diz o procurador Felipe Camargo. Executivos do estaleiro Eisa, por sua vez, em conluio com Sérgio Machado, causaram prejuízos de mais de R$ 611 milhões à Transpetro, envolvendo atraso na entrega de navios, indenizações trabalhistas e falsas multas contratuais.