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Lucimar, mais do que obras públicas implantou a governabilidade e segurança democrática em Várzea Grande
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01/10/2020 - 01:32
As eleições em Várzea Grande deste ano trazem um componente político e institucional que nenhum outro município mato-grossense sofreu, pelo menos nas últimas 4 décadas: a questão da governabilidade, ferida de forma grave e profunda em passado nem tão distante, arrastando o município ao caos político a administrativo – o que leva a crer que, após ter superado esse período sombrio, em sã consciência, ninguém deseja que a Terra de Couto Magalhães retorne a esse passado tenebroso.
Vamos aos fatos: Após o fim do tumultuado mandato do então prefeito Murilo Domingos (PTB) (março de 96 a 31 de janeiro 2003), que rompeu relações políticas com o seu vice, Nico Baracat (MDB) e teve a gestão pontilhada por crises políticas, com afastamentos do cargo nesse período, fruto de uma infindável contenda com a Câmara Municipal de Vereadores, acrescida de uma onerosa e desgastante guerra de liminares.
Sem respaldo parlamentar no Poder Legislativo Municipal e junto às principais lideranças políticas locais – estas que, além de forte inserção no município, lideram ainda grupo político com atuação estadual -, a malfadada gestão (ou a falta dela) de Murilo Domingos antecedeu e foi, por assim dizer, o estopim para uma crise maior – a da ingovernabilidade que fez com que Várzea Grande, no período de 6 anos, tivesse - PASMEM! – 11 prefeitos, sendo nove deles em apenas UM ANO!
Transformando o Paço Municipal num “entra-e-sai” tresloucado de mandatários provisórios, que ora assumiam por decisões liminares ou por manobras políticas na Câmara de Vereadores. O que transformou, à época, a chefia do Executivo Municipal, ainda que por poucos meses ou mesmo dias, em verdadeiro butim!
Tipos de crises
Nesse festival de absurdos institucionais em que Várzea Grande foi mergulhada, sofrendo o caos da ingovernabilidade – que é pior que as crises políticas. E aqui, cabe observar que há crises e crises. E abrimos um ponto para dizer que, embora se pareçam, elas se diferenciam pela exrtensão de seus danos. As de oordem eminentemente políticas e de disputa por espaços de poder, geralmente, atingem os próprios dirigentes partidários e grupos mais envolvidos diretamente no confito .Enquanto a crise derivada da falta de governabilidade, como a enfrentada por aquele município, penalizou duramente a população em geral, principalmente os segmentos sociais mais desprotegidos economicamente, pela ruptura e a precarização mais absoluta de serviços públicos essenciais nas áreas de coleta de lixo, saúde e educação, só para ficar nestes três itens, deixando de citar muitos outros setores que foram prejudicados pelo excesso de mandatos “tampões”, sem legitimidade e respaldo político que havia transformado a prefeitura em um balcão de negociatas.
Com a posse da prefeita Lucimar Sacre de Campos (Dem), prestes hoje a concluir seu mandato, Várzea Grande recebeu e vem recebendo um grande legado de obras e serviços que saltam à vista de todos, em diversas áreas e, principalmente, no saneamento financeiro e administrativo do que eram suas combalidas finanças na fase de desgoverno anterior à Lucimar.
Essa discussão, se ainda não aflorou, deve aflorar nos debates eleitorais na cidade vizinha, pois é em cima destes valores, ou seja, entre a manutenção e continuidade dessas conquistas asseguradas pela atual gestão, sua renovação e seu aperfeiçoamento que os eleitores deverão pautar seus votos nas urnas.
Levando em conta que, mais do que as obras públicas, por mais importantes e necessárias que elas sejam, a coletividade várzea-grandense não pode abrir mão de um bem imensamente maior: a sua autoestima resgatada com o sepultamento das sucessivas rupturas político-administrativas que tanto mal causaram ao município e seu povo.
E isso que pode estar em jogo nestas eleições!