DO MAL: Governador eleito é alertado sobre a presença de grupos extremistas; PGR e MP investigam saudação nazista durante ato bolsonarista

 DO MAL: Governador eleito é alertado sobre a presença de grupos extremistas;  PGR e MP investigam saudação nazista durante ato bolsonarista
Redação A Procuradoria Geral da República está atenta ao caso e já alertou o governador eleito de Santa Catarina sobre a presença de grupos neonazistas atuantes no Estado. Ao final deste texto, leia matéria sobre esse assunto tenebroso que fere qualquer conceito de humanidade e civilização. A PGR está preocupada com a ampliação do número desses grupos. Há investigações no órgão sobre esses casos no Estado, que seguem sob sigilo. Menção de apologia ao movimento liderado por Adolf Hitler foi observado em São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, durante a execução do Hino Nacional Brasileiro em ato de protesto de pessoas contra o resultado da eleição de Lula à Presidência da República  O MInistério Público de Santa Catarina vai investigar saudações nazistas que foram registradas durante atos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições do último domingo (30). Vídeos que circulam nas redes sociais mostram grupo de pessoas fazendo o movimento que relembra Adolf Hitler, líder do Partido Nazista da Alemanha, durante a execução do Hino Nacional Brasileiro em São Miguel do Oeste. De acordo com o MP, O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Estado já está trabalhando para identificar as pessoas filmadas fazendo a saudação nazista “durante as mobilizações que deveriam ser democráticas e pacíficas”, informou o órgão. Nas redes sociais, os vídeos tiveram grande repercussão negativa. Ainda segundo o MP, a apologia ao nazismo, como registrado no vídeo, é crime. "Uma vez identificadas, será produzido um relatório e as informações encaminhadas à 2ª Promotoria de Justiça da Comarca, que possui atribuição criminal, para responsabilização dos envolvidos", esclarece a Coordenadora do Gaeco de São Miguel do Oeste, Promotora de Justiça Marcela de Jesus Boldori Fernandes. No Brasil, a apologia do nazismo é crime previsto na Lei 7.716/1989, a partir de emendas incluídas entre 1994 e 1997. O texto prevê que “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa – ou reclusão de dois a cinco anos e multa se o crime foi cometido em publicações ou meios de comunicação social”, diz a norma. A lei ainda determina que “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa”, complementa a norma. Pedido de intervenção é ilegal A declaração de manifestantes que fecham rodovias — estaduais e federais — pelo país sobre a existência de uma fraude nas eleições deste ano não encontra amparo legal. A Justiça Eleitoral, além de entidades nacionais e internacionais que participaram da fiscalização do pleito, confirmaram a lisura do processo. Da mesma forma, a possibilidade de uma “intervenção militar” com base no artigo 142 da Constituição, pedida por grupos de manifestantes, não tem respaldo na lei brasileira e pode resultar em processo judicial para quem fizer esse pedido. Aras alerta governador eleito de Santa Catarina sobre grupos neonazistas no Estado Basília Rodrigues, da CNN  O procurador-geral da República, Augusto Aras, manifestou nesta quarta-feira (2) preocupação com grupos neonazistas de Santa Catarina durante conversa com o governador eleito do Estado, o senador Jorginho Mello (PL) De acordo com interlocutores de Aras, a PGR está preocupada com a ampliação do número desses grupos. Há investigações no órgão sobre esses casos no Estado, que seguem sob sigilo.  Nesta quarta-feira, o Ministério Público de Santa Catarina deu início a investigação para apurar as razões que levaram a uma saudação nazista feita por manifestantes bolsonaristas durante ato em frente à base do Exército da cidade catarinense São Miguel do Oeste. Centenas de pessoas vestidas de verde e amarelo erguem o braço estendido, enquanto todos cantam o hino nacional. As autoridades do MP não descartam efetuar prisões neste caso. No fim de outubro, houve a prisão de cinco jovens suspeitos de ligação com atividades neonazistas, em Santa Catarina. Durante a operação da Polícia Civil, foram apreendidas armas, munições e coletes e símbolos nazistas nas cidades de Joinville, São Miguel do Oeste, São José e Maravilha.