Identificado como Milton Baldin, que alega residir em Sinop (500 Km ao Norte de Cuiabá), na região Norte de Mato Grosso, foi preso na noite de ontem (6), pela Polícia Federal, em Brasília, onde estava acampado em frente a quartel do Exército. O detido é empresário do agronegócio. Baldin gravou vídeo incitando caminhoneiros e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, a irem armados aos protestos. Ele foi levado para prestar depoimento na superintendência da PF. Ele será ouvido para explicar - se é que isso tem explicação? - o que se passava - e se passa - em sua cabeça para incitar pessoas fortemente armadas a se dirigirem à Capital da República. Para participar de manifestação golpista de protesto de seguidores de Jair Bolsonaro contra a eleição de Lula a presidente. De pessoas que pedem intervenção militar e afirmam que Lula não subirá a rampa do Palácio do Planalto. A prisão de Baldin foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em relatório enviado a Moraes, a PF disse que o homem instigou "grupos armados para protestarem na capital federal". De microfone em punho, em cima da carroceria de um caminhão, o empresário pediu que empresas do agronegócio concedessem férias coletivas a seus empregados e os enviassem a Brasília, para "egrossar o movimento". "Gostaria de pedir ao agronegócio, a todos empresários, que deem férias aos caminhoneiros e mandem os caminhoneiros vir para Brasília, que nós precisamos de peso e de força aqui", disse ele, em vídeo divulgado nas redes sociais no dia 26 de novembro. "São só 15 dias, não vai fazer diferença. E também queria pedir aos CACs (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores), inclusive muitos dos quais são portadores de armamento de grosso calibre, que também seguissem para a Capital do país, para apoiar o golpe. "Hoje nós somos, inclusive eu, 900 mil atiradores, venham aqui mostrar presença."