Líderes Xavantes de MT negam que índio que foi pivô para bolsonaristas “tocarem o terror” em Brasília seja cacique

Líderes Xavantes de MT negam que índio que foi pivô para bolsonaristas “tocarem o terror” em Brasília seja cacique
Foto Reprodução Internet Redação Acusado de já ter sido preso duas vezes por tráfico de drogas, o xavante José Acácio Serere Xavante, 42 anos, seguidor declarado do presidente Jair Bolsonaro e que se intitula “pastor evangélico”, além de cacique de uma das aldeias de sua etnia em Mato Grosso, não seria cacique, segundo afirmam diversas lideranças dessa tribo. No entanto, segundo registros de manifestações antidemocráticas ocorridas no Estado, José Acácio é presença constante em  atos golpistas, que não reconhecem a derrota de Bolsonaro e insistem em pedir golpe militar. A exemplo dos recentes atentados e vandalismo terroristas que ocorreram na Capital da República, realizados por bolsonaristas acampados em Brasília, e tiveram como estopim a prisão temporária do pastor evangélico, determinada pela Justiça a pedido da PGR (Procuradoria Geral da República).  A detenção do líder indígena de Mato Grosso provocou uma série de ataques bolsonaristas que resultou, na noite de última segunda-feira (12), em queima de carros, vandalismo em ônibus e tentativa de invasão à sede da Polícia Federal (PF), em Brasília. Parte do grupo que apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL) que estão acampados em frente ao QG do Exército tentaram invadir a sede da PF para resgatar o indígena. Além do passado de crimes por tráfico de drogas de José Acácio Serere, agora pesa contra ele as suspeitas que está sendo financiado por fazendeiros para fazer agitação e provocar tumultos. Em cujos eventos pedem a destituição de vários ministros do TSE e STF, além da prisão do presidente Lula. Em um vídeo que circula na internet, um produtor rural, que se identifica como sendo Didi Pimenta, admite que pagou a viagem do xavante Serere à Capital Federal e também de custear a estadia dele, com ajuda de outros indígenas. Na gravação, Pimenta diz ser natural de Araçatuba (SP) e que tem uma propriedade rural em Campinápolis (658 km a Leste de Cuiabá), onde fica uma das maiores reservas indígenas do Estado, com cerca de 8 mil xavantes. “Fui procurado pelo meu amigo cacique e pastor Serere, que queria ir para Brasília ajudar na manifestação. Então, há 10 dias que nós estamos conseguindo mandá-los para lá e ajudá-los. Já mandamos, aqui de Campinápolis, eu e um grupo de amigos, mais ou menos, contando com ontem, oito ônibus de índios”, afirma.