Por Mário Marques de Almeida Não é, evidentemente, a faixa presidencial que valida e garante o mandato do presidente da República, mas, sim, a diplomação, pela Justiça Eleitoral, de que o mandatário maior do país e seu respectivo vice, foram eleitos – o que ocorreu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin. Nesse contexto, a passagem da faixa do presidente que finda o mandato – caso de Bolsonaro -, torna-se apenas um ritual simbólico. Tanto assim que, em muitas nações do mundo sequer existem esse simbolismo da faixa como sinônimo de efetivação do poder e, no próprio Brasil, existe o precedente de presidentes que assumiram o mandato sem receber a faixa de seu antecessor. Portanto, nesse contexto carregado de tradição e simbolismo, tem mais legitimidade cívica subir a rampa do Palácio do Planalto neste domingo, 1º, como fez Lula, em uma das mais concorridas e prestigiadas posse dos últimos anos, acompanhado por cidadãos que representam "a riqueza e a diversidade do povo brasileiro", como afirmou o cerimonial. Como se não bastasse o ambiente de forte emoção e civismo patriótico. além disso, Lula também levou em uma coleira a cachorra Resistência, adotada por ele e pela primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, no período em que ele esteve preso em Curitiba e agora vai morar com eles em Brasília. Lula recebeu a faixa presidencial das mãos de uma mulher negra, catadora, Emocionado, o presidente, de fato e de Direito dos brasileiros, vestiu a faixa e acenou aos presentes na Praça dos Três Poderes, repleta de apoiadores. Ele foi ovacionado no salão Nobre do Planalto, por delegações estrangeiras de 65 países. O presidente subiu a rampa acompanhado de representantes de diferentes grupos sociais, como o cacique Raoni, além de uma criança e uma pessoa portadora de deficiência física. No rito de posse dos presidentes, o mandatário que assume o cargo recebe a faixa das mãos do antecessor. Entretanto, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o País às vésperas da posse de Lula para não passar-lhe a faixa presidencial. A ausência de Bolsonaro sequer foi notada. Efetivamente, ele não fez falta nessa grande festa da Democracia. Em tempo: o presidente que encerrava o mandato e se recusou a passar a faixa ao seu sucessor, era o general João figuieredo. Quem receberia o ornamento é josé Sarney.  Este,  foi empossado. concluiu o seu mandato e está vivo e  tem sua história respeitada. Quanto a Figueiredo entrou para a História pelas portas do fundo, das quais, aliás, saiu do Palácio do Planalto. para não passar a faixa. A História faz Justiça!