FIM DO ISOLAMENTO: Chanceler da Alemanha e Lula discutem acordos sobre cooperação financeira, industrial e científica

FIM DO ISOLAMENTO: Chanceler da Alemanha e Lula discutem acordos sobre cooperação financeira, industrial e científica
Com a vitória e a posse de Lula ao comando da nação, o Brasil voltou à cena mundial protagonizando entre as nações democráticas, ricas e desenvolvidas do planeta de cujo círculo ficou alijado nos últimos 4 anos. Prova desse retorno é a visita que o chanceler Olaf Scholz, liderando uma comitiva de grandes representantes da economia alemã - a terceira maior do mundo, imediatamente após os Estados Unidos e a China - fez ao nosso País, nesta segunda-feira (30). No encontro, temas relevantes para o desenvolvimento das relações entre os dois países foram tratados, além de avanços no acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que estão emperrados. A lado do presidente Lula, o chanceler alemão disse que era muito bom ter o "Brasil de volta", lembrando que a "Democracia brasieira é forte e resistiu aos ataques golpistas do útimo dia 8". Obviamente, Scholz aludiu à invasão e depredação das sedes do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto praticados por terroristas de extrema-direita inconformados com a derrota nas urnas do ex-presidente Jair Bolsonaro. O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou que tanto o Brasil quanto seu país desejam avanços no acordo comercial União Europeia-Mercosul, hoje travado na etapa de ratificação pelos países-membros do bloco europeu. "Lula e eu concordamos que UE-Mercosul precisa de rápido avanço", declarou Scholz no Palácio do Planalto, após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O acordo deve favorecer a cooperação tecnológica e industrial", avaliou. De acordo com o líder alemão, é preciso haver uma união das democracias globais para condenar a invasão da Ucrânia, que foi tema da bilateral com Lula. O presidente brasileiro, porém, apesar de ter chamado a guerra de um "erro" da Rússia, salientou sua posição de que "quando um não quer, dois não brigam", segundo ele mesmo disse na coletiva de imprensa no Planalto. O encontro bilateral ocorreu no Palácio do Planalto, de acordo com a agenda oficial divulgada pela Presidência da República Lula e Scholz se reúniram com delegações empresariais de Brasil e Alemanha e fizeram uma declaração à imprensa; e às 19h30, participaramm de um jantar no Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. "Hoje recebo o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Vamos trabalhar para retomar uma relação de amizade e cooperação entre nossos países, para desenvolvimento sustentável, investimentos e geração de empregos", disse o petista no Twitter. Lula e Scholz já se reuniram uma vez em novembro de 2021, quando o alemão ainda era ministro das Finanças de Angela Merkel e trabalhava na formação de seu governo após a vitória nas eleições daquele ano. Já o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, participou da posse de Lula, em 1º de janeiro, e o país europeu desbloqueou 35 milhões de euros para a reativação do Fundo Amazônia, cujos recursos são usados para combater o desmatamento no bioma. Em seu giro pela América do Sul, Scholz já se reuniu com os presidentes de Argentina, Alberto Fernández, e do Chile, Gabriel Boric. Os principais temas na pauta de sua viagem são o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, meio ambiente, direitos humanos, energia e a guerra na Ucrânia.