A entrega de moradias do "Minha Casa, Minha Vida" feita este ano, em 3 de março, de 1.445 apartamentos em Rondonópolis é considerada a solenidade que mais emocionou o presidente Lula, que se fez presente acompanhado da primeira-dama Janja e vários ministros, senadores da República, deputados federais, estaduais, prefeitos, vereadores e governador Mauro Mendes. Lula atendeu a um convite do prefeito rondonopolitano José Carlos do Pátio. O chefe do Executivo municipal, na ocasião, inaugurou também uma creche que ele deu o nome de Arthur, neto do presidente Lula que faleceu aos 7 anos de idade, quando o avô se encontrava preso em Curitiba. Foi um momento de intensa emoção o anúncio da homenagem a Arthur. Além dessa homenagem, a visita do presidente da República a Rondonópolis ficou marcada por grande participação popular. Outro fato que agradou ao presidente foi ter tomado conhecimento que as moradias, obedecendo critérios rígidos quanto ao grau de necessidade dos contemplados, foram distribuídas para pessoas sem teto e de baixa renda, muitas das quais sobrevivendo de programas sociais, como o Bolsa Família. O conjunto de moradias é dotado de unidades de saúde, além de creches, escolas, redes de água tratada e saneamento. Fica localizado em um terreno plano, elevado, ventilado, no bairro Alfredo de Castro, em Rondonópolis. Além do evento em Rondonópolis, o governo Lula tem participado desde o início deste ano de uma agenda com outras inaugurações de conjuntos habitacionais. Um desses atos marca a entrega de 14 blocos de três andares, com oito apartamentos por andar, o Condomínio Ruy Frazão, no bairro de Afogados, na capital pernambucana, que atende à Faixa 1 do "Minha Casa, Minha Vida". Após uma peregrinação de 13 anos em busca da casa própria, a pensionista Fabiana Carlos da Silva, de 44 anos, receberá nesta terça-feira (4) a chave do apartamento em seu nome. Ela é uma das 1.344 pessoas contempladas com a entrega de 336 apartamentos do "Minha Casa, Minha Vida" no Recife. “Vou receber um apartamento bem estruturado num condomínio fechado. Já fiz a vistoria e vi que terei uma moradia digna. Não estão tirando as pessoas da favela e jogando elas de qualquer jeito num apartamento. Tudo é muito bem organizado”, diz a viúva, mãe de dois filhos, que vive da pensão do pai da filha caçula. Nessa categoria, o programa subsidia até 95% do valor do imóvel a famílias que recebem até R$ 2.640 por mês em áreas urbanas ou ganham até R$ 31.680 por ano em áreas rurais. Destinado a famílias do Movimento de Lutas nos Bairros, Vidas e Favelas (MLB), o condomínio tem infraestrutura de água, esgoto, iluminação pública, energia elétrica, pavimentação e drenagem. Atendido por transporte público, o empreendimento tem, nas imediações, transporte público, uma creche, três escolas e um posto de saúde. Além da moradia própria, Fabiana diz que a principal vantagem do "Minha Casa, Minha Vida" é o valor reduzido das prestações. Em vez de desembolsar R$ 500 de aluguel por mês, a pensionista, que recebe um salário mínimo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pagará cerca de R$ 120 de prestação. “Vou ser beneficiária de uma casa, mas vou pagar de acordo com minha renda”, elogia. Construção Para o desempregado Wandeberg da Silva Durval, de 33 anos, a inauguração do empreendimento será ainda mais especial. Por meio de um convênio entre o MLB e a construtora, ele morará no apartamento que ajudou a construir. “Por um ano, trabalhei com carteira assinada e ajudei a construir meu apartamento e o de outras várias famílias do movimento”, diz. Atualmente desempregado e beneficiário do Bolsa Família, Wandeberg vive de bicos para sustentar a companheira e três filhos, um dele e dois da mulher. Ele deverá pagar a prestação mínima, de R$ 80. “O valor, só vou conhecer na assinatura do contrato, mas o programa é pensado para quem não tem condições no momento”, declara o beneficiário, que atualmente paga R$ 400 de aluguel. Metas Desde o início do ano, o "Minha Casa, Minha Vida" entregou 4.785 Unidades Habitacionais em 11 cidades de oito estados, com investimento de R$ 491,8 milhões do governo federal até agora. O cronograma prevê a conclusão de cerca de 7,4 mil unidades habitacionais do programa em abril e maio. Com investimento de R$ 590,5 milhões em recursos da União, as novas obras estão localizadas em 17 municípios de 12 estados, em quatro regiões. Segundo o Ministério das Cidades, o programa habitacional tem o compromisso de contratar 2 milhões de unidades habitacionais até 2026, incluindo as linhas de atendimento subsidiadas pelo Orçamento Geral da União e financiadas com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).