FATOS E FOTO: Cercados por bolsonaristas ameaçadores, militares do GSI alegam ‘risco de vida’ por não retirarem invasores

FATOS E FOTO: Cercados por bolsonaristas ameaçadores, militares do GSI alegam ‘risco de vida’ por não retirarem invasores
Redação Foto: arquivo Internet Sem parar um dia sequer, a Polícia Federal vem trabalhando de segunda-feira a segunda-feira e, seguindo esse ritmo, agentes do GSI foram interrogados, neste domingo (23), sobre a participação deles no dia da invasão do Palácio do Planalto e  as sedes dos demais Poderes por hordas de bolsonaristas enfurecidos com o resultado das eeições, que deram vitória a Lula nas urnas Militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) disseram neste domingo (23) que não efetuaram prisões de invasores do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro deste ano porque a situação envolvia “risco de vida”. As declarações foram dadas em depoimento à Polícia Federal (PF) e publicadas pelo portal G1. Na semana passada, foram divulgadas imagens até então inéditas do circuito interno do Palácio do Planalto que mostraram servidores do GSI circulando entre os manifestantes. A divulgação das gravações levou à demissão do general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI. Todo o material do circuito interno do Palácio do Planalto foi divulgado pelo GSI nesse fim de semana por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A investigação tem como objetivo procurar saber se houve algum tipo de colaboração com os manifestantes.  Moraes é relator de uma investigação dos atos que ocorreram no dia 8 de janeiro, em Brasília, que resultaram na invasão e depredação dos prédios do Três Poderes: STF, Planalto e Congresso Nacional. As imagens divulgadas mostram agentes conversando com os invasores no Palácio do Planalto. Em um dos trechos do circuito interno, de acordo com o material divulgado, o major José Eduardo Natale de Paula Pereira entrega água aos invasores. À PF, ele afirmou que se tratava de uma técnica de gerenciamento de crise. Ele disse ainda que os manifestantes entraram atrás dele na cozinha de uma das salas da Presidência da República exigindo água. Os militares alegaram também, segundo o G1, que os invasores eram muitos e que o efetivo do GSI não era suficiente para contê-los. E relataram ainda que a estratégia era fazer uma “limpeza” de cima para baixo. Segundo os depoimentos, essa técnica significa retirar manifestantes dos andares superiores do prédio para serem presos no segundo andar. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) é responsável pela segurança do chefe do Executivo e do patrimônio da Presidência da República. A Polícia Federal ouviu nove militares ontem. Os depoimentos foram para atender ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).