BASTIDORES DE BRASÍLIA: Na hipótese de ficar sem controle dos rumos da Comissão, oposição a Lula já pensa em desistir da CPMI dos Atos Golpistas

BASTIDORES DE BRASÍLIA:  Na hipótese de ficar sem controle dos rumos da Comissão, oposição a Lula já pensa em desistir da CPMI dos Atos Golpistas CONGRESSO
A informação é de um dos mais renomados e experientes profissionais da imprensa, Valdo Cruz, com décadas de atividade na cobertura dos bastidores políticos de Brasília, principalmente sobre o que ocorre no Congresso Nacional. Se os bolsonaristas deixarem  mesmo de participar da CPMI será o que se pode chamar de "tiro pela culatra", pois foram os congressistas desse grupo, que reúne políticos desde a extrema-direita a centro-direita, que mais insistiram com a criação da medida, Feita a observação, confira agora, abaixo, o que informa o articulista da Rede  Globo: Valdo Cruz - g1  Uma ala da oposição já se arrepende da futura criação da CPMI dos Atos Golpistas e não descarta a possibilidade de desistir da comissão, caso o governo Lula tenha total controle dos trabalhos, com a indicação de um presidente e relator alinhados com o Palácio do Planalto. Neste caso, avalia um oposicionista, o risco é de a oposição ser "massacrada" durante o funcionamento do colegiado. O ex-presidente Jair Bolsonaro, por sinal, teme se transformar no principal alvo da CPMI dos Atos Golpistas e trabalha para que não apenas seu filho na Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), mas também o do Senado, Flávio Bolsonaro (PL-SP), participem como titulares da comissão para defendê-lo no Congresso.  Um oposicionista disse reservadamente ao blog que a CPMI dos Atos Golpistas era mais para assustar e acuar o governo, mas que seu funcionamento, com controle total do Planalto, vira um risco principalmente para o ex-presidente da República. Essa ala da oposição aposta agora em uma briga entre governistas do Senado e da Câmara pelos principais cargos da CPMI para tentar inviabilizá-la. O grupo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quer indicar o relator, enquanto o senador Renan Calheiros (MDB-AL), inimigo de Lira, também reivindica o posto. Essa disputa pode, no mínimo, atrasar o início dos trabalhos da CPMI. Nesta quarta-feira (26), o ex-presidente Bolsonaro depõe na Polícia Federal para esclarecer sobre suas ligações com os atos golpistas de 8 de janeiro. Por coincidência, no mesmo dia em que o Congresso pode ler o requerimento de criação da CPMI que vai investigar os atos golpistas. Bolsonaro já tem a linha do seu depoimento pronta, vai alegar que estava fora do Brasil, não era mais presidente e que não tem nenhuma responsabilidade pela invasão dos prédios dos Três Poderes. Não é mesma opinião do Supremo Tribunal Federal e da PF, que avaliam que o ex-presidente tem responsabilidade pelo que aconteceu em Brasília por ter incitado seus apoiadores a agirem daquela forma.