ATÉ QUANDO?: Mauro Cid "segura a bucha" sozinho, fica em silêncio na PF e blinda seu chefe Bolsonaro
ATÉ QUANDO?: Mauro Cid "segura a bucha" sozinho, fica em silêncio na PF e blinda seu chefe Bolsonaro
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18/05/2023 - 03:37
Confirmando as expectativas, inclusive deste site, o tenente-coronel Mauro Cid permaneceu em silêncio no decorrer de seu interrogatório pela Polícia Federal, na tarde desta quinta-feira. Ele, conforme, informamos nesta manhã, está segurando a "bucha" sozinho, e blindou seu ex-chefe, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O tenente-coronel depôs hoje (18), na Polícia Federal, um dia após o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Oficial (na foto, ao lado do ex-presidente) era o braço-direito e assessor mais influente e próximo de Bolsonaro, de quem era fiel escudeiro.
Aliados que monitoram a situação de Mauro Cid e sua família afirmaram à CNN que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) deve assumir que fraudou o próprio cartão de vacinação, o da esposa e o da filha.
Conforme pontuaram, Cid deve alegar motivo pessoal, destacando que tem pessoas próximas que moram no exterior, demandando visitação frequente.
Entretanto, ele teria receio de tomar a vacina contra a Covid-19 – requisitada para ingressar nos outros países – e, assim, articulou a falsificação dos documentos.
Segundo aliados, Bolsonaro está sereno e Michelle, alarmada
Mensagens extraídas do celular do ex-ajudante pela Polícia Federal (PF) revelam conversas dele com a esposa em que eles colocam em dúvida os imunizantes. Diversos especialistas já atestaram a segurança e eficácia das vacinas utilizadas contra a Covid-19.
Ainda segundo os interlocutores, a expectativa é que Cid “blinde” Bolsonaro no caso. Ele deve ser confrontado com provas da PF de que um computador no Palácio do Planalto acessou os dados de vacinação do ex-presidente nos dias 22 e 27 de dezembro. No dia 30, o acesso aconteceu pelo celular de Cid.
O ex-ajudante de ordens deve falar que estava apenas checando informações, o que seria esperado de seu cargo.
Assim, os aliados trabalham com a ideia de que Cid não vai delatar, confessando o crime de menor potencial ofensivo (falsificação de documentos) e talvez cumprir uma pena leve com um acordo.
A avaliação é de que o volume de provas contra Mauro Cid, principalmente em relação às falsificações de registros para ele a família, é grande, o que torna muito difícil não haver condenação.
Depoimento de BolsonaroO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento à Polícia Federal sobre o caso. Ele afirmou que não pediu a ninguém para falsificar cartões de vacinação contra Covid-19 para ele, nem para inserir dados no ConecteSUS em seu nome.
Conforme explica Daniela Lima, o ex-chefe de Estado também se afastou de algumas pessoas citadas nas investigações, como Ailton Barros – ex-militar que se identificava como “o 01 do Bolsonaro” – argumentando que se aproximavam apenas em períodos eleitorais.
Ao mesmo tempo, Bolsonaro disse não saber o que foi feito por Mauro Cid nem supostas motivações. O ex-presidente também negou ter apoiado qualquer ato de insurreição ou afastamento do Estado Democrático de Direito.
Leia a íntegra do depoimento de Jair Bolsonaro sobre a investigação de falsificação de registros de vacinas neste link.