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CASO DAS JOIAS: “O roubo do patrimônio público na gestão Bolsonaro está confirmado”. diz ministro; cerco contra ex-presidente aperta
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19/08/2023 - 11:29
Foto Reprodução: Michele e Jair Bolsonaro ´arquivo/internet
Redação
Para o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, “o esquema internacional de roubo de patrimônio público foi confirmado”, após o advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, dizer que o dinheiro da venda do Rolex foi para o ex-presidente ou para a ex-primeira-dama.
De acordo com Pimenta, além da roubalheira, o desmonte de políticas públicas na área ambiental, saúde, educação, habitação, entre outros setores essenciais, verificados no governo federal anterior estão exigindo um esforço redobrado da atual administração no sentido de reconstruir o Brasil.
Diante disso, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu que a Polícia Federal apreenda o passaporte de Bolsonaro como forma de evitar que ele saia do país durante as investigações da corporação em curso.
“Não se enganem, busquem o mais rápido possível apreender o passaporte porque quem fugiu para não passar a faixa para um presidente que foi legitimamente eleito pelo povo vai querer abandonar o Brasil para poder salvar a própria pele”, disse na cerimônia de posse do novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, na sexta-feira.
“Podemos dizer que o cerco se fechou contra o ex-presidente da República. Está claro, está apontando como autor, como mandante da tentativa de fraude às urnas eletrônicas, tentativa de fraude à decisão sempre legítima do povo brasileiro, de escolher o seu sucessor. A tentativa de violar, de atentar com a democracia brasileira”, disse.
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, endossou a fala da ministra. “O covarde pode tentar fugir, mas dessa vez o cerco está se fechando e o inelegível vai pagar por seus crimes”, afirmou.
Para o líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), “o enredo golpista” começou antes dos ataques do 8 de janeiro, tendo “motivação clara e, hoje, sabemos, instigado pelo próprio presidente da República [Bolsonaro à época], que buscou todos os recursos a seu alcance para corromper o Estado Democrático de Direito”.
O setor político está tendo o mesmo entendimento e também vê o cerco se fechar contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) devido aos últimos acontecimentos envolvendo a venda das joias presenteadas pelo governo da Arabia Saudita e sobre as declarações do hacker Walter Delgatti Neto à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro
Caso Walter Delgatti Neto
Durante seu depoimento à CPMI, Delgatti, entre outros pontos, disse que Bolsonaro pediu para que ele assumisse a autoria de um grampo que teria sido realizado contra o ministro Alexandre de Moraes.
O hacker também afirmou que o ex-presidente lhe deu “carta branca” para que ele fizesse “o que quisesse” com relação às urnas eletrônicas.
“Ele [Bolsonaro] me deu carta branca para fazer o que eu quisesse relacionado às urnas. Eu poderia, segundo ele, cometer um ilícito que seria anistiado, perdoado, indultado no caso”, declarou Delgatti.