"CORTE NA PRÓPRIA CARNE": Botelho exonera assessor que bateu na esposa; Presidente da AL já afastou antes de Comissão deputado que comparou mulheres grávidas à vacas

Redação Reprodução: Arquivo Internet. Foto Eduardo Botelho, presidente a ALMT: "tolerância zero com agressões a mulheres" O presidente da Assembleia legislativa, Eduardo Botelho (União) vem demonstrando na prática “tolerância zero” com casos de agressão moral ou física de mulheres praticadas por pessoas com vínculos ao Poder Legislativo estadual. A mais recente punição contra esse tipo de violência covarde ocorreu na manhã desta segunda-feira (28), com a exoneração do ex-deputado estadual Baiano Filho (União), do cargo de assessor parlamentar da Mesa Diretora. Baiano é acusado de agredir a esposa dentro de um carro no Município de Confresa (a 1.050 km de Cuiabá), na madrugada de domingo (27). Por meio de nota, o presidente disse que as ações de Baiano vão de encontro à "a política de enfrentamento de violência contra a mulher" defendida pelo Legislativo. Outro caso polêmico envolvendo agressão a mulheres– neste caso, de ordem moral e preconceituosa - foi protagonizado, em meados deste ano, pelo deputado Gilberto Catani, “bolsonarista de carteirnha”, que comparou mulheres grávidas à vacas parideiras. Catani presidia a Comissão de Direitos Humano da Assembleia Legislativa e, devido à comparação desrespeitosa, comparando gravidas com vacas, foi afastado por Botelho, em junho deste ano, do cargo de presidente da referida Comissão. "Na Assembleia, lutamos para o fim da violência contra a mulher. Acredito que juntos consigamos pôr fim no machismo endêmico e outras formas de preconceitos que assolam a sociedade atual e vem tirando vidas em Mato Grosso”, afirmou Eduardo Botelho. Conforme o portal transparência da Assembleia Legislativa, Baiano era lotado como assessor parlamentar da presidência e tinha salário de R$ 5,1 mil. Ele foi nomeado em 3 de abril deste ano. Baiano Filho concorreu a eleição do ano passado para uma vaga na Assembleia Legislativa, mas conseguiu apenas a terceira suplência pelo União Brasil. O caso  A Polícia Militar revelou, em boletim de ocorrência que fazia rondas pela Rua Santo Afonso quando foi avisada por populares que teria um homem em um carro agredindo uma mulher. A equipe policial encontrou a vítima com uma lesão no rosto, pedindo por socorro. Baiano foi abordado dentro da caminhonete e alegou que tinha passado o dia em uma festa com a esposa e que teriam se desentendimento "por motivo fútil" no local e decidiram retornar para casa. No trajeto, teriam se desentendido novamente. O ex-deputado e a esposa foram encaminhados para a Delegacia, mas a vítima decidiu não representá-lo. A esposa de Baiano Filho chegou a trocar de roupa e lavar o rosto antes de dar depoimento ao delegado. Já na delegacia, ela negou as agressões e não permitiu que fosse realizado o exame de corpo de delito. Por conta disso, o ex-parlamentar foi liberado. O caso, no entanto, será investigado pela Polícia C