EXTREMA-DIREITA: Dois empresários de MT são citados em CPI por financiar atentados contra a Democracia; um terceiro, por tentar explodir bomba em aeroporto
EXTREMA-DIREITA: Dois empresários de MT são citados em CPI por financiar atentados contra a Democracia; um terceiro, por tentar explodir bomba em aeroporto
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17/10/2023 - 21:48
Redação
O trio é considerado perigoso para o sistema democrático e o ordenamento jurídico e institucional do país. Votação do relatório que pede o indiciamento deles será votado nesta quarta-feira, 18
Da Redação
Reprodução
Antonio Galvan e Lucas Beber são acusados de financiar atos golpistas e Alan Diego foi condenado por tentar explodir uma bomba em Brasília
Antonio Galvan e Lucas Beber são acusados de financiar atos golpistas e Alan Diego foi condenado por tentar explodir uma bomba em BrasíliaTrês mato-grossenses têm seus nomes citados no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que pede o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por golpe de Estado.
A relatora da CPI, senadora Eliziane Game (PSD-MA), pediu o indiciamento do presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan; do vice-presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber; e do o ex-candidato a vereador por Comodoro (644 km a Oeste de Cuiabá), Alan Diego dos Santos Rodrigues.
O documento foi lido na manhã desta terça-feira (17) e será votado nesta quarta-feira (18).
O relatório cita Galvan e Costa Beber como financiadores dos atos que resultaram na depredação dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
Ambos fazem parte do Movimento Brasil Verde e Amarelo (MBVA), apontado como responsável pelo envio de caminhões para Brasília e pelos bloqueios em rodovias federais, tão logo foi divulgado o resultado das eleições de 2022, que apontou a vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Antonio Galvan, que tem base eleitoral em Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), é alvo de investigação da Polícia Federal e apontado como líder do movimento.
“Os integrantes do MBVA agiram com o claro propósito de questionar a lisura do processo eleitoral e apoiaram a pauta golpista de intervenção militar pelas Forças Armadas”, diz trecho do relatório.
A relatora pediu o indiciamento de Galvan e Costa Beber pelos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de Estado.
Alan Diego Rodrigues é citado, no relatório final da CPMI, pela tentativa de explodir uma bomba no aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro do ano passado.
Inclusive, em razão disso, ele está preso, após condenação na Justiça do Distrito Federal.
Os militantes bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa (comparsa de Alan) e Wellington Macedo de Souza – também acusado pelo crime – têm proposição de indiciamento pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de estado.
O relatório foi concluído após cinco meses de trabalhos e conta com 1.333 páginas.
BOLSONARO - Na parte principal do relatório da CPI dos Atos Golpistas, a relatora Eliziane Gama sugeriu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos ex-ministros general Augusto Heleno, general Walter Braga Netto, general Luiz Eduardo Ramos e Anderson Torres.
A senadora mirou o "núcleo duro" do bolsonarismo para apontar que o ex-presidente estava cercado por movimentos golpistas - que chegaram ao ápice no dia 8 de janeiro deste ano, com a destruição do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF.
Ela também pediu o indiciamento de integrantes militares do Governo Bolsonaro: general Braga Netto, ex-ministro da Defesa; general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; general Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
Também estão na lista de indiciamento nomes próximos a Bolsonaro e que atuaram em órgãos de segurança no governo anterior, como o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques.
Eliziane também sugere o indiciamento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).