A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o deputado federal Abílio Brunini (PL-MT) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por injúria contra a deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP), primeira parlamentar federal negra e eleita transexual no Brasil . A denúncia se refere às declarações feitas por Brunini durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, em julho de 2023. Durante a sessão, Érika Hilton reagiu ao comportamento de Brunini, que interrompia constantemente as discussões. Em sua fala, Érika sugeriu que o deputado "tratasse a carência em outro lugar", ressaltando que a Câmara era um "espaço sério". O senador Rogério Carvalho (PT-SE) acusou Brunini de homofobia, apontando que ele insinuou que Érika oferecia serviços de prostituição. A acusação gerou forte repercussão, especialmente porque Érika já havia compartilhado publicamente sua história de vida, incluindo um período de sua adolescência em que foi expulsa de casa e viveu da prostituição. Além do episódio envolvendo Érika, Abílio Brunini tem um histórico de conflitos e polêmicas na Câmara. Em janeiro de 2023, ele se envolveu em tumulto durante uma sessão sobre o conflito Israel-Hamas, sendo escoltado pela Polícia Legislativa. Em maio de 2024, em uma audiência na Comissão de Finanças e Tributação, teve uma discussão acalorada com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acusando-o de ser “negacionista” na economia. Esses episódios refletem o comportamento controverso de Brunini, que agora enfrentou uma denúncia de injúria e pode ver sua imagem pública prejudicada.