Vanda Pepiliasco, condenada por homicídio, obteve Habeas Corpus em Mato Grosso

Vanda Pepiliasco, condenada por homicídio, obteve Habeas Corpus em Mato Grosso
A artista plástica Vanda Pepiliasco, condenada pelo assassinato de Cleonice de Fátima Rosa, em Londrina (PR) na década de 1990, obteve liberdade provisória após decisão do desembargador Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, plantonista no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). A decisão foi tomada após Vanda ser presa no último dia 19 de dezembro, ao desembarcar no aeroporto de Curitiba (PR), por descumprir medidas relacionadas à sua progressão de regime, concedida em 2023. Vanda foi condenada em 2015 a uma pena de pouco mais de oito anos de prisão, mais de 20 anos após o crime cometido em julho de 1993, quando Cleonice foi encontrada morta com um corte profundo no pescoço. O crime atingiu a cidade de Londrina e, após meses de investigações, exames de DNA comprovaram que os cabelos encontrados na mão da vítima pertenciam à Vanda. Apesar de ter sido condenada, Vanda cumpriu sua pena em Mato Grosso, onde residia à época da sentença. A defesa de Vanda alegou que a sua prisão preventiva deveria ser revista, destacando questões relacionadas com a sua saúde. Um artista, que já é idoso e recentemente sofreu de Alzheimer, foi considerado incapaz de receber os cuidados médicos adequados no sistema prisional. Em sua decisão, o desembargador Jorge Luiz Tadeu Rodrigues revelou as limitações cognitivas de Vanda, justificando a liberação da ré com base em seu quadro clínico, que exige cuidados especiais. Ele também destacou que a permanência de Vanda no regime fechado representava um risco à sua integridade física e mental. O magistrado determinou que Vanda comparecesse à Justiça até 16 de janeiro de 2025 para uma audiência de justificação, a fim de analisar as condições para o cumprimento do regime semiaberto, incluindo a possibilidade de monitorização eletrônica. O caso de Vanda Pepiliasco traz à tona a discussão sobre a progressão de penas e as condições de saúde de detentos, especialmente aquelas com doenças graves, que podem ser mais vulneráveis no sistema penitenciário.